A determinação é da Advocacia-Geral da União (AGU). O conteúdo tem sido compartilhado ao longo dos últimos dias, em meio à crise em curso quanto às eleições venezuelanas, cujo resultado tem sido contestado pela oposição de ultradireita.
Por Redação – de Brasília
As plataformas X (ex-Twitter), Instagram e Facebook foram notificadas, nesta quarta-feira, para remover um vídeo manipulado no qual o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, abraça longamente o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A determinação é da Advocacia-Geral da União (AGU).
O conteúdo tem sido compartilhado ao longo dos últimos dias, em meio à crise em curso quanto às eleições venezuelanas, cujo resultado tem sido contestado pela oposição de ultradireita.
Na determinação, a AGU argumenta que o vídeo é um grave fator de desinformação e confunde o público quanto a posição do Brasil em relação ao pleito. A autarquia argumenta ainda que, se a remoção não for possível, os conteúdos recebam um rótulo que indique terem sido gerados por Inteligência Artificial (IA).
Cautela
Em nota, o governo afirma que o vídeo é uma montagem criada por IA. O texto destaca que Amorim negou o ocorrido, chamando o vídeo de “totalmente manipulado e falso”.
“A peça em questão mistura cortes de um encontro ocorrido no ano passado entre Amorim e Maduro como se fosse de agora juntamente com imagens geradas por inteligência artificial, criando uma narrativa completamente falsa e distorcida”, afirma a nota da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom).
O diplomata viajou a Caracas para acompanhar as eleições venezuelanas no último dia 28; pleito que deu vitória a Nicolás Maduro e é contestado pela oposição. Brasil, Colômbia e México pediram maior transparência na verificação dos votos e “máxima cautela” durante manifestações na Venezuela, para evitar uma escalada da violência.