Zelensky também fez um apelo a todos os países para que apoiem os esforços de paz e demonstrem liderança, por considerar importante que os países de todo o mundo sejam corajosos e ignorem as tentativas de chantagem.
Por Redação, com EFE – de Kiev
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, invocou nesta quinta-feira o espírito de coragem do ex-primeiro-ministro do Reino Unido Winston Churchill e destacou que Vladimir Putin “fracassou” em conseguir a divisão da Europa.
Na abertura da cúpula da Comunidade Política Europeia (CPE), que aconteceu no Palácio de Blenheim, nos arredores de Londres, cidade natal de Churchill, Zelensky lembrou que foi a bravura que distinguiu o estadista britânico e, com esse espírito, disse que é importante que os europeus permaneçam unidos.
Em seu discurso, Zelensky também criticou a suposta missão de paz do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, e as suas reuniões com o presidente russo.
Em uma clara referência a Orbán, o líder ucraniano alertou que Putin tentará plantar sementes de divisão na Europa e que alguns seriam tentados a trair e enfraquecer os seus vizinhos.
Tal como o mundo olha para o que Churchill conseguiu, em referência à vitória sobre a agressão nazista na Segunda Guerra Mundial, Zelensky perguntou sobre as gerações futuras que olharão para trás, para a atual situação na Ucrânia.
– Será a Europa um continente que não se rende nem se vende a tiranos? Será o seu um continente de nações e comunidades? Veremos o quanto a bravura das gerações anteriores nos ajudou e assegurou esta Europa para nós e para os nossos filhos – afirmou Zelensky aos líderes europeus.
Zelensky também fez um apelo a todos os países para que apoiem os esforços de paz e demonstrem liderança, por considerar importante que os países de todo o mundo sejam corajosos e ignorem as tentativas de chantagem.
– São necessários esforços conjuntos em prol da paz. Quando o agressor perde, o mundo ganha – destacou.
Rússia
Zelensky também opinou que o presidente russo “não conseguiu nada significativo” na sua intervenção na guerra e que o conflito atual deve ser vencido com armas e diplomacia.
Nesse sentido, acrescentou que quanto mais eficazes forem as defesas do seu país, mais indefeso Putin ficará.
– O armamento permitirá destruir os lançamentos de mísseis russos destinados a civis ucranianos e destruirá uma grande parte da sua capacidade de continuar a guerra – explicou.
Por fim, agradeceu aos países que apoiam a Ucrânia na sua incorporação na União Europeia (UE), bem como para fazer parte da Otan.
– Isto mostra que mesmo nas circunstâncias mais difíceis, a UE pode cumprir as suas promessas – completou.