Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro, solicitou, no início de setembro, ajuda ao presidente do TSE, Alexandre de Moraes, para garantir que candidatos consigam fazer campanha em áreas dominadas pela milícia.
Por Redação, com Diário do Rio - do Rio de JaneiroO Rio de Janeiro é o Estado do Brasil que mais solicitou reforço das Forças Armadas na segurança no primeiro turno das eleições de 2022, no dia 2 de outubro.
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) fez a solicitação para 167 localidades. Dados da corte informam que os pedidos tiveram um aumento de 142% em quatro anos.
Em 2018, 372 zonas eleitorais localizadas em 513 municípios pediram ajuda de forças federais. Já em 2022, foram 568 municípios e 410 zonas eleitorais.
Os números são reflexos da escalada da violência política nas eleições deste ano. No Rio, duas agressões contra apoiadores do ex-presidente e candidato, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já foram registradas oficialmente. No Brasil, dois óbitos foram motivados por diferenças políticas.
Áreas dominadas pela milícia
Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro, solicitou, no início de setembro, ajuda ao presidente do TSE, Alexandre de Moraes, para garantir que candidatos consigam fazer campanha em áreas dominadas pela milícia. Paes afirmou, na época do pedido, que havia ouvido relatos que políticos na Zona Oeste do Rio tinham sido constrangidos por milicianos ao fazerem campanhas.
Outros estados também registraram aumentos. O Ceará teve um aumento de 620% pedidos, saindo de 5 para 36. No Maranhão, 34%, indo de 72 para 97. Mas, ainda há estados que apresentaram uma queda. Piauí nas eleições passadas tinha 134 pedidos, já em 2022 serão 85. No Tocantins também houve decréscimo, de 14 para 10.
O reforço das forças federais nas eleições está na legislação desde 1965 e cabe aos TRE’s (Tribunais Regionais Eleitorais) encaminhar os pedidos indicando os locais ao TSE que, quando aprova, repassa para o Ministério da Defesa.