Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Restrições de Biden sobre investimentos em IA não atingem Pequim

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Terça, 15 de Agosto de 2023 às 14:03, por: CdB

Recentemente, Biden assinou uma ordem executiva restringindo as empresas norte-americanas do investimento nas capacidades e tecnologias de inteligência artificial (IA) da China, incluindo semicondutores e computação quântica.


Por Redação, com Sputnik - de Washington


As restrições do presidente norte-americano, Joe Biden, estão "saindo pela culatra", já que estão afetando o crescimento de suas próprias gigantes tecnológicas, afirmaram especialistas à agência russa de notícias Sputnik.




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Presidente norte-americano, Joe Biden

Recentemente, Biden assinou uma ordem executiva restringindo as empresas norte-americanas do investimento nas capacidades e tecnologias de inteligência artificial (IA) da China, incluindo semicondutores e computação quântica.


O ex-coronel do Exército dos EUA Earl Rasmussen descreveu a nova política americana como um "suicídio econômico acelerado".


– Enquanto as decisões visam limitar o crescimento chinês, elas vão impactar as grandes economias norte-americana e europeia. Estima-se que 70 mil empresas dos EUA possam ser impactadas – afirmou à Sputnik.


Anteriormente, Biden baniu os chips chineses, ação que pode fazer com que as empresas norte-americanas percam mais de US$ 80 bilhões (R$ 397 bilhões).


O ex-coronel destacou que as medidas para os supostos desacoplamentos da China resultarão em impactos mais adversos aos EUA e à Europa do que à China.


– A Europa já está sofrendo por seguir o líder EUA nas sanções direcionadas à Rússia, combinar isso [com] desacoplar da China, e nós vamos ver somente uma espiral de morte econômica – observou.


Por sua vez, Ivan Eland, diretor do Instituto Independente do Centro para Paz e Liberdade, disse à Sputnik acreditar que a tentativa de impedir as capacidades chinesas limitará o fluxo livre de informações, o que poderia reduzir a inovação dos EUA, sem mencionar a possibilidade de uma retaliação por parte dos chineses.


– Eles (os chineses) também podem responder com outros acordos comerciais, econômicos e de investimentos onde possam, atingindo mais uma vez as empresas americanas – ressaltou.



Tentativas "desenfreadas" dos EUA


Mesmo com as tentativas "desenfreadas" dos EUA e seus aliados de atingirem o crescimento chinês, um relatório do Centro para Segurança e Tecnologia Emergente dos EUA indicou que os investidores chineses permanecem dominantes nas empresas de IA do país.


– Entre 2015 e 2021, ao menos 71% do valor de transação e 92% das transações de investimento se originaram dos investidores chineses. Portanto, há grandes dúvidas de que as novas restrições tenham quaisquer impactos mais sérios – afirmou Earl Rasmussen.


Além disso, mesmo com todas as restrições, a China permanece sendo um fabricante global de motores, e continuará sua parceria com o Sul Global, para garantir o desenvolvimento econômico e a expansão no mercado global.


Apesar dos desafios em meio às tentativas norte-americanas de conter as indústrias chinesas, Pequim segue apoiando o crescimento do setor tecnológico, transformando o "ataque" do governo Biden em oportunidade para o mercado nacional e autossuficiência.


Espera-se que o mercado nacional de semicondutores da China fature US$ 8,3 bilhões (R$ 40,6 bilhões) até 2025.


Em 2022, a administração norte-americana de Joe Biden promoveu o investimento em semicondutores nos EUA através da Lei CHIPS e Ciência de 2022, e também começou a restringir em massa a exportação de semicondutores para a China.


Washington vê Pequim como sua principal competidora e declarou repetidamente que pretende conter o gigante asiático. Em resposta, nos últimos meses a China restringiu a exportação de minerais de terras raras, usados na fabricação de semicondutores.






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