Na carta, datada da última segunda-feira, de três páginas e de tom bastante áspero, o PSG recrimina o jogador pelo “enorme prejuízo” e “danos causados” ao clube por anunciar publicamente a sua vontade de não renovar o contrato.
Por Redação, com EFE - de Paris
O Paris Saint-Germain enviou uma série de fortes críticas ao seu principal jogador, o atacante francês Kylian Mbappé, em uma carta que inclui o prazo de 31 de julho para solucionar o atual conflito entre as duas partes.
Na carta, datada da última segunda-feira, de três páginas e de tom bastante áspero, o PSG recrimina o jogador pelo “enorme prejuízo” e “danos causados” ao clube por anunciar publicamente a sua vontade de não renovar o contrato e deixar a entidade dentro de um ano, quando termina o contrato, informa o jornal francês L’Equipe.
A carta propõe organizar uma reunião para tentar encontrar a melhor solução possível, no que diz respeito a uma renovação do contrato ou a uma transferência, e evitar “uma paralisação do clube”. Além disso, a data de 31 de julho é antecipada como limite para tomar qualquer decisão.
Fortes investimentos econômicos
O clube francês afirma que os fortes investimentos econômicos na renovação de Mbappé, assinada em maio de 2022 por duas temporadas mais uma opcional, “só podem ser registrados no âmbito de uma futura cessão (transferência) ou continuidade além de 30 de junho de 2024, como acordamos”.
Esta carta do PSG vem como resposta a de Mbappé enviada no mês passado para formalizar por escrito sua comunicação verbal de que não quer continuar no clube francês depois de 30 de junho de 2024, rejeitando a renovação opcional, o que significa que ele ficaria livre para assinar com qualquer clube.
O PSG também repreende o atacante por sua “falta de sinceridade” por críticas às transferências feitas pelo clube há um ano, quando a entidade tentou fortalecer o elenco para agradar seu jogador mais valorizado a fim de convencê-lo a continuar em um time competitivo a nível europeu.
“É verdade que também tínhamos discutido uma contratação muito ambiciosa, e que só conseguimos fazê-lo em parte devido às condições do mercado e às limitações regulamentares francesas e europeias”, acrescenta o clube. “Houve circunstâncias completamente fora do nosso controle”, apesar de “tentarmos responder às suas exigências”, destaca o PSG.
O presidente do Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaifi, afirmou ontem claramente: “não podemos deixar sair de graça o melhor jogador do mundo”, em declarações à imprensa durante a apresentação do espanhol Luis Enrique como novo treinador da equipe.
Sobre o desejo do jogador de cumprir o contrato e jogar na próxima temporada no PSG, Al Khelaifi destacou: “Se Kylian quiser ficar, queremos que ele continue, mas assine um novo contrato”.