Diante da ameaça de privatização das escolas, é urgente unirmos forças para garantir uma educação pública acessível e de qualidade para todos.
Por Professora Francisca – de São Paulo
A Apeoesp conseguiu uma liminar suspendendo os leilões promovidos pelo desgovernador Tarcísio, mas a presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo cassou essa liminar. Isso significa que a nossa luta se dá em várias frentes.
A nossa força está em nossa unidade e nas ruas, levando informação a todas as professoras e professores, assim como a todas as pessoas que trabalham na educação pública do estado. Porque juntas e juntos precisamos chamar a sociedade à responsabilidade na defesa da educação paulista. OU paramos essa sanha privatista agora ou não haverá futuro para nossas crianças e jovens.
É preciso atentar para a destruição do serviço público em nosso Estado e na educação a coisa fica muito pior, porque é uma obrigação constitucional do estado, da sociedade e das famílias. É só pensar um pouco. Qual empresa que vai assumir a gestão escolar por 25 anos, como é o projeto de destruição do governo estadual, sem mira o lucro?
Constituição
Que tipo de empresa pode administrar cemitérios e escolas ao mesmo tempo? A mesma empresa que torno o serviço funerário caríssimo na maior cidade do país. Isso deixa claro que certamente essa empresa intenciona cobrar dos estudantes para manter a escola. O que significa o fio da educação pública gratuita como determina a Constituição.
Acontece que as famílias que não puderem pagar, suas filhas e filhos ficarão sem escola. E sem escola ficam sem perspectiva de melhoria de vida. No futuro serão transformados em mão de obra sem qualificação e, portanto, à mercê de qualquer salário minguado.
É isso que você quer para suas filhas e filhos? Porque num país capitalista como o nosso, a escola privada atende a demanda das classes mais abastadas e precisam de regulamentação, inclusive sobre as condições de trabalho de seus profissionais, mas a educação pública cumpre o papel de possibilitar a chance de melhoria de vida dos mais vulneráveis e isso só pode acontecer com muitos investimentos. Porque nenhum país no mundo avançou sem investir na educação do seu povo.
Em tão some-se à luta em defesa da educação de qualidade em nosso estado. E na segunda-feira (4) todas e todos para a sede da Bovespa (rua XV de Novembro, 275 – Centro – São Paulo), às 13h.
A Apeoesp desde sempre denuncia esse processo de privatização em São Paulo. E como não queremos nenhum apagão na educação do Estado, lutaremos com todas as forças para levar a informação correta à sociedade e à comunidade escolar.
Professora Francisca, é diretora da Secretaria de Assuntos Educacionais e Culturais da Apeoesp – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, da Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), secretária-adjunta de Finanças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e diretora da CTB-SP.
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