Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Produção industrial responde bem à linha de investimentos do governo

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Sexta, 02 de Agosto de 2024 às 20:41, por: CdB

Com o resultado de junho de 2024, a indústria nacional encontra-se em nível superior ao patamar pré-pandemia, 2,8% acima de fevereiro de 2020. No entanto, fica ainda 14,3% abaixo do ponto máximo anotado em maio de 2011.

Por Redação – do Rio de Janeiro

A produção da indústria brasileira cresceu 4,1% na passagem de maio para junho e interrompeu dois meses seguidos de queda. O resultado foi o maior já registrado desde julho de 2020, quando houve expansão de 9,1%, em linha com os incentivos patrocinados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dados constam da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Ministro da Indústria, Comércio e Serviços, o vice-presidente Geraldo Alckmin comemora os bons números do setor

Com o resultado de junho de 2024, a indústria nacional encontra-se em nível superior ao patamar pré-pandemia, 2,8% acima de fevereiro de 2020. No entanto, fica ainda 14,3% abaixo do ponto máximo anotado em maio de 2011. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a alta é de 3,2%. Observando apenas os meses de junho, o resultado é o maior também desde 2020, quando havia avançado 10%.

No primeiro semestre, a atividade industrial brasileira soma expansão de 2,6%. No acumulado de 12 meses, o desempenho positivo é de 1,5%.

 

Clima no RS

O gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo, explica que o resultado expressivo de junho é impulsionado não só pela base de comparação, que tinha recuado 1,8% nos dois meses anteriores, abril e maio. Mas também pela volta da produção em várias unidades afetadas pelas enchentes que atingiram fábricas no Rio Grande do Sul em abril e maio.

— Plantas que estavam paralisadas ou com produção muito baixa em maio voltam no mês de junho — afirmou.

A pesquisa divulgada nesta manhã não traz dados segmentados por unidades da Federação. Esse detalhamento será conhecido na próxima quinta-feira. A divulgação referente a maio, conhecida no último dia 12, mostrou que o Rio Grande do Sul apresentou queda de 26,2%.

 

Pré-pandemia

O gerente do IBGE destaca que, apesar de não ter sido a primeira vez que a indústria ultrapassa o patamar pré-pandemia, em junho a superação foi mais expressiva.

— Em abril deste ano, estava 0,3% acima. O que tem de diferente é que agora o salto é maior, está 2,8% acima — ressalta Macedo.

Março de 2024 e dezembro de 2023 são outros meses em que a produção ficou acima do período pré-pandemia.

— A gente melhorou bastante de patamar de produção, mas ainda há espaço importante a ser percorrido para se aproximar de maio de 2011 — acrescentou.

 

Commodities

Entre maio e junho, 16 das 25 atividades apuradas pelo IBGE apresentaram desempenho positivo, com destaque para a produção de coque (tipo de combustível derivado do carvão), derivados do petróleo e biocombustíveis (4%), produtos químicos (6,5%), produtos alimentícios (2,7%) e indústrias extrativas (2,5%).

O setor de produtos alimentícios, que representa 15% da atividade industrial brasileira, avançou 2,7%.

“Houve alta na produção de produtos importantes, como açúcar, produtos derivados de soja, suco de laranja e carnes de aves”, indica o relatório do IBGE.

Na indústria extrativa, que subiu 2,5%, os dois produtos de maior importância dentro da atividade mostraram expansões: minério de ferro e petróleo. Outras contribuições positivas relevantes foram metalurgia (5,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,1%), bebidas (3,5%), máquinas e equipamentos (2,4%), produtos do fumo (19,8%) e celulose, papel e produtos de papel (1,6%).

Entre as nove atividades que apontaram recuo na produção, o destaque fica com equipamentos de transportes, com redução de 5,5%.

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