Mais cedo neste sábado, milhares de pessoas invadiram o palácio oficial do presidente do país, Gotabaya Rajapaksa, e outros prédios do governo, em Colombo. O país vive uma crise econômica, com a escalada dos preços dos combustíveis, e vive protestos há alguns meses.
Por Redação, com Sputnik - de Colombo
O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, disse que está pronto para deixar o cargo e dar lugar a um "governo de todos os partidos", relata a agência de notícias do país Newswire, neste sábado, citando o gabinete da autoridade.
Mais cedo neste sábado, milhares de pessoas invadiram o palácio oficial do presidente do país, Gotabaya Rajapaksa, e outros prédios do governo, em Colombo. O país vive uma crise econômica, com a escalada dos preços dos combustíveis, e vive protestos há alguns meses.
"O primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe disse aos líderes do partido que está pronto para deixar o cargo de primeiro-ministro e abrir caminho para um governo de todos os partidos. Ele diz que está tomando essa decisão devido ao fato de que a distribuição de combustível em toda a ilha deve ser retomada nesta semana", disse o gabinete em nota oficial, conforme a agência Newswire.
Os manifestantes, porém, pedem a renúncia também do presidente. Segundo fontes do Ministério da Defesa, Rajapaksa já não estava na residência oficial desde sexta-feira, por motivos de segurança. De acordo com a mídia local, ele pode ter deixado o Sri Lanka de avião.
Militares e policiais tentaram impedir que a invasão dos edifícios, mas não conseguiram, e os manifestantes arrombaram os portões dos prédios do governo. Além da residência presidencial, eles entraram na secretaria presidencial e no Ministério das Finanças, segundo a mídia local.
Protestos
Autoridades médicas cingalesas informaram que ao menos 40 pessoas ficaram feridas como resultado dos protestos, incluindo dois policiais.
O Sri Lanka vive uma das piores crises econômicas após sua independência, em 1948. Atualmente, a dívida externa do país está estimada em US$ 51 bilhões (R$ 268 bilhões).
Desde a pandemia de coronavírus, com impactos no setor de turismo, importante fonte de receitas, o governo do Sri Lanka foi perdendo a capacidade de importar combustíveis.
Além disso, há escassez de alimentos, medicamentos e gás, entre outras necessidades básicas. Muitas regiões do país têm enfrentado ainda constantes quedas de energia.