Há indícios de que os entulhos provenientes do processo de expansão irregular, assim como o lixo orgânico produzido pela comunidade em formação, estejam sendo despejados em lixões clandestinos mantidos nos arredores do local.
Por Redação, com ACS - de Rio de Janeiro
A Secretaria de Ordem Pública e o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizaram na terça-feira uma operação de demolição de aproximadamente 30 construções irregulares na Cidade de Deus, área que sofre influência do crime organizado. Os imóveis foram erguidos em área pública, destinada à implantação da Avenida Comandante Guaranys, e não possuem qualquer autorização ou licença da Prefeitura.
As construções, oriundas de um processo de expansão desordenada das comunidades do entorno, estavam em fase de estrutura e alvenaria e totalmente desabitadas.
Há indícios de que os entulhos provenientes do processo de expansão irregular, assim como o lixo orgânico produzido pela comunidade em formação, estejam sendo despejados em lixões clandestinos mantidos nos arredores do local.
– Essa operação é mais uma da Seop, da Prefeitura, para demolir construções irregulares. Nosso objetivo principal é evitar o crescimento desordenado da cidade. Essa aqui é uma área em que a gente tem acompanhado pessoas construindo de forma ilegal. Então, nosso objetivo é frear essa ocupação irregular. A gente vai demolir pelo menos 30 construções não habitadas que estão em fase ainda de construção. Por isso, é importante que esse trabalho seja feito de forma preventiva antes que essas construções sejam habitadas. Isso tem impacto, inclusive, ambiental. A gente já recebeu denúncia de lixões clandestinos aqui nessa região. Isso certamente vai ser minimizado com essa operação porque a gente vai evitar o crescimento desordenado da cidade e principalmente preservar a vida das pessoas – destacou o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.
Descarte irregular de resíduos sólidos
As demolições também auxiliarão no combate ao adensamento desordenado da região e consequentemente no descarte irregular de resíduos sólidos.
– Estamos trabalhando para organizar as comunidades. Não podemos permitir que tudo cresça de forma desordenada, inclusive para que a Prefeitura consiga levar as melhorias e políticas públicas para todos. Além de evitar mais riscos à vida das pessoas, garantindo mais qualidade de vida – afirmou a subprefeita de Jacarepaguá, Marli Peçanha.
Além da ação de demolição, seis ferros-velhos identificados na região também serão alvo de fiscalização. Também participaram da operação agentes da Subprefeitura de Jacarepaguá, Guarda Municipal, Comlurb, Rioluz, Cedae, Light e Polícia Militar.