A versão da polícia fala em "confronto", mas moradores denunciam que houve um chacina no local. Na segunda-feira, a Federação de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (Faferj), a Defensoria Pública, comissões da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estiveram no Complexo do Salgueiro.
Por Redação, com Brasil de Fato - do Rio de Janeiro
O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos fez um apelo nesta terça-feira para que as mortes no Complexo do Sangueiro, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, sejam investigadas de forma independente pelas autoridades. Na segunda-feira , ao menos nove corpos foram encontrados por moradores após uma operação da Polícia Militar (PM) que tentava capturar o autor do assassinato de um sargento da PM ocorrido no final de semana. Segundo o Uol, o Alto Comissariado se mostrou preocupado com as mortes e insistiu que é urgente um "debate amplo e inclusivo" no Brasil sobre o modelo de segurança pública nas favelas. – Nosso escritório pede ao Ministério Público que conduza uma investigação independente, completa, imparcial e eficaz sobre essas mortes, de acordo com padrões internacionais – declarou a porta-voz da entidade, Michelle Bachelet. "A força letal é o último recurso e apenas em caso de ameaça à vida", reforçou. A ONU também citou que as mortes no Complexo do Salgueiro ocorreram apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impede operações policiais durante a pandemia.