Novo estudo indica que Mercúrio tem uma camada extensa de diamantes

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Publicado sábado, 27 de julho de 2024 as 15:39, por: CdB

Dados obtidos pela sonda espacial ‘Messenger’, da NASA , revelaram que a superfície do pequeno planeta e seu interior contêm quantidades significativas de grafite (uma forma de carbono). Os astrônomos estimam que, no limite entre o núcleo e o manto há uma faixa de diamantes com entre 15 e 18 quilômetros de espessura.

Por Redação, com agências internacionais – de Bruxelas e Pequim

Cientistas da China e da Bélgica, em novo estudo divulgado neste sábado, reforçam a suspeita que o planeta Mercúrio esconde uma grande camada de diamantes abaixo da superfície. Cálculos sobre as condições prevalecentes no planeta levam a acreditar que a superfície de Mercúrio pode ser coberta por aproximadamente 16 quatrilhões de toneladas do mineral raro na Terra.

Mercúrio,diamantes
Sob a superfície de Mercúrio, segundo os cientistas, há uma camada sólida de diamantes

Dados obtidos pela sonda espacial ‘Messenger’, da NASA , revelaram que a superfície do pequeno planeta e seu interior contêm quantidades significativas de grafite (uma forma de carbono). Os astrônomos estimam que, no limite entre o núcleo e o manto há uma faixa de diamantes com entre 15 e 18 quilômetros de espessura.

— Há muitos anos, percebi que o teor extremamente elevado de carbono de Mercúrio poderia ter implicações importantes. Isso me fez perceber que algo especial provavelmente estava acontecendo dentro dele — comentou Yanhao Lin, do Centro de Pesquisa Avançada em Ciência de Alta Pressão e Mercúrio de Pequim.

 

Alta pressão

Os pesquisadores recriaram, então, as condições dentro de Mercúrio em laboratório.

— Usamos a prensa de grande volume para imitar as condições de alta temperatura e alta pressão da fronteira núcleo-manto de Mercúrio — explicou Lin. 

Ao gerar uma pressão enorme, até 7 vezes maior do que a pressão nas profundezas da Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico, a equipe estudou como o grafite e o diamante são produzidos.

— O que fazemos em laboratório é imitar as pressões e temperaturas extremas do interior de um planeta. Às vezes é um desafio, é preciso forçar os dispositivos a se adaptarem às condições — observou Lin.

Os investigadores sugerem que embora a grafite tenha sido provavelmente a fase de carbono dominante durante a cristalização do oceano de magma que prevaleceu durante a formação inicial do planeta, a cristalização do núcleo deu origem à camada de diamantes.

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