De acordo com artistas e profissionais da cultura, o governo do estado pretende substituir o programa por outro de caráter tecnicista, voltado para a economia e indústria criativas, chamado CultSP PRO, com orçamento maior do que o aplicado no modelo anterior.
Por Redação, com Brasil de Fato - de São Paulo
O setor de cultura do estado de São Paulo está mobilizado contra a tentativa de fechamento das Oficinas Culturais, espaços que há quase quatro décadas promovem a experimentação artísticas nas comunidades.
De acordo com artistas e profissionais da cultura, o governo do estado pretende substituir o programa por outro de caráter tecnicista, voltado para a economia e indústria criativas, chamado CultSP PRO, com orçamento maior do que o aplicado no modelo anterior.
Por causa disso, foi criado o movimento "Fica Oficinas Culturais", que reúne trabalhadores da cultura, artistas e movimentos populares que se posicionam contra a decisão do governo do estado.
A gestora cultural Talita Bretas participou do programa Central do Brasil de quinta-feira e comentou os aspectos negativos do encerramento das atividades das Oficinas Culturais.
– Isso não é uma reformulação. Isso é, de fato, uma substituição de um programa super exitoso, que é datado de 1986 e que vem há quase quatro décadas fazendo formação ampla. Mais do que isso: são lugares de experimentação e pioneirismo – afirmou a gestora, que também apontou que a decisão do governo significa, na prática, um desmonte da cultura.
– A gente entende mesmo que é um apagamento. E esse desmonte não vem acontecendo de agora. Já foram fechadas, em gestões passadas, 15 oficinas no interior do estado. Espaços públicos, com sede físicas. Só se mantiveram as três oficinas culturais da cidade de São Paulo.
Comunidade cultural do Estado
Bretas afirmou que o movimento não discorda da ideia de governo do Estado oferecer cursos profissionalizantes e técnicos. Discorda, segundo ela, apenas do método, que tem sido o de encerrar um programa bem aprovado pela comunidade cultural do Estado.
– (O novo modelo) não contempla, de fato, o que as oficinas se propunham a fazer. As oficinas são de formação ampla. A gente precisa pensar que nem sempre o interior precisa de mão de obra, mas sim de iniciação artística, de iniciação a fruição das linguagens artísticas. A gente vai perder um espaço fundamental nesse lugar, nesse campo – concluiu.
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O Central do Brasil é uma produção do Brasil de Fato. Ele é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 13h, pela Rede TVT e por emissoras parceiras.