Mourão segue a cartilha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também não colocou os pés no Rio Grande do Sul, desde o início da maior tragédia climática na região, em décadas. Bolsonaro resumiu sua solidariedade aos gaúchos colocando sua conta bancária para receber doações.
13h49 – de Porto Alegre
Toda a empatia do general da reserva e hoje senador Hamilton Mourão foi colocada à prova, nesta sexta-feira, na entrevista à Rádio Gaúcha. Ao responder à pergunta do repórter sobre sua ausência junto às vítimas das enchentes, no Estado gaúcho, o político da extrema direita respondeu:
— Não sou executivo. Não tenho a missão de ficar me deslocando do ponto A para o ponto B. A afirmativa foi, imediatamente, criticada nas redes sociais.
Mourão preferiu transferir a responsabilidade pela assistência à população aos vereadores.
— O vereador é o homem da comunidade. Logo depois você tem o deputado estadual, o deputado federal e o senador. O senador representa o Estado como um todo, e não apenas a comunidade localizada — tergiversou.
Mourão aproveitou para criticar, por sua vez, justamente aqueles que estão ajudando e acompanhando a situação de perto, alegando que estariam fazendo “exploração política”.
— Estar na água fazendo fotos seria uso político. Sou um homem de 70 anos de idade. Não vejo isso como minha função — disse.
Cestas básicas
Mourão segue a cartilha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também não colocou os pés no Rio Grande do Sul, desde o início da maior tragédia climática na região, em décadas. Bolsonaro resumiu sua solidariedade aos gaúchos colocando sua conta bancária para receber doações que, segundo ele, serão transferidas às vítimas dos alagamentos que perduram em mais de 70% do Estado.
Na rede social X, ex-Twitter, o ex-mandatário neofascista sugeriu que sejam doados colchões, lençóis, cobertores, toalhas, roupas de frio, tênis, chinelos, enlatados, materiais de higiene pessoal e limpeza.assinato de quase 35 mil palestinos.