Segundo as autoridades italianas, o drone lançado do Iêmen voou em direção ao Duilio, que imediatamente disparou o alarme a bordo e ativou os sistemas de autodefesa. O equipamento foi abatido a seis quilômetros do barco.
Por Redação, com ANSA - de Roma
O governo da premiê Giorgia Meloni relatou que o destroier Duilio da Marinha da Itália abateu no sábado um drone que se dirigia ao navio no Mar Vermelho, lançado por rebeldes do grupo rebelde Houthi, apoiado pelo Irã no Iêmen.
Segundo as autoridades italianas, o drone lançado do Iêmen voou em direção ao Duilio, que imediatamente disparou o alarme a bordo e ativou os sistemas de autodefesa. O equipamento foi abatido a seis quilômetros do barco.
O navio militar, presente na zona desde o início de fevereiro, substituiu a fragata Martinengo que há três semanas recebeu o comando de outra operação europeia.
Este é o primeiro ataque direto à Itália feito pelos houthis, que correm o risco de inflamar a crise no Mar Vermelho, que está sob agressão há meses por rebeldes iemenitas que, até hoje, tinham realizado ofensivas apenas a navios americanos e britânicos.
No mês passado, um alto líder dos houthis chegou a dizer que a Itália se tornaria um alvo se participasse de ataques contra o Iêmen.
Segundo Mohamed Ali al-Houthi, chefe do Supremo Comitê Revolucionário dos Houthi, o país europeu deve ser neutro no conflito entre israelenses e palestinos, além de pressionar o governo de Benjamin Netanyahu para encerrar os ataques contra Gaza.
União Europeia
Atualmente a Itália desempenha um papel de liderança na nova missão da União Europeia para proteger a navegação no Mar Vermelho dos ataques houthi que começaram depois de Israel ter iniciado a guerra contra o Hamas em Gaza, após o massacre de 7 de outubro.
Após a ofensiva deste sábado, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, destacou o papel da Marinha italiana, que "defende o direito à livre navegação no Mar Vermelho".
Já o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, criticou os "ataques terroristas" dos rebeldes, dizendo que são uma violação grave do direito internacional.
– As ameaças contra nós fazem parte da sua guerra híbrida. Atacar navios comerciais de nações não relacionadas com o que está acontecendo em Gaza, espalhar informações falsas, permitir que navios russos e chineses passem livremente pelo Mar Vermelho, mas não os outros, ameaçando a Itália por assumir o comando tático da operação Aspides, são tentativas de minar a nossa coesão e a da União Europeia – concluiu.