A empresa também disse que disponibilizará uma versão mais segura de seu mecanismo de busca Bing para as empresas, com o objetivo de atender às preocupações sobre proteção de dados, aumentar o interesse das companhias por IA e melhorar seu nível de competição com o Google.
Por Redação, com Reuters - de Nova York
A Microsoft disse nesta terça-feira que cobrará pelo menos 53% a mais pelo acesso a novos recursos de inteligência artificial (IA) em softwares usados por empresas, em um vislumbre do lucro inesperado que espera colher da tecnologia.
A empresa também disse que disponibilizará uma versão mais segura de seu mecanismo de busca Bing para as empresas, com o objetivo de atender às preocupações sobre proteção de dados, aumentar o interesse das companhias por IA e melhorar seu nível de competição com o Google.
Na conferência virtual Inspire, a companhia afirmou que os clientes corporativos pagarão US$ 30 por usuário, por mês, pela ferramenta de inteligência artificial do Microsoft 365 chamada Copiloto. O sistema promete redigir emails no Outlook, escrever documentos no Word e tornar praticamente acessíveis todos os dados utilizados por um funcionário por meio de um chatbot.
O valor significa que a ferramenta poderá triplicar os custos para alguns clientes da Microsoft.
Em uma entrevista, Jared Spataro, vice-presidente corporativo da Microsoft, disse que a ferramenta se paga por meio de economia de tempo e ganhos de produtividade. O Copiloto resume as conferências realizadas pelo sistema de reuniões online Teams, por exemplo.
– Você não precisa mais fazer anotações nas reuniões, não precisa participar de algumas reuniões – disse ele. "Isso apenas muda a maneira como você trabalha."
Spataro se recusou a prever a receita do Copiloto, que pelo menos 600 empresas testaram desde o lançamento em março. O programa de IA ainda não está disponível para todos.
Enquanto isso, a Microsoft está indicando às empresas o Bing Chat Enterprise, um robô em seu mecanismo de busca que pode gerar conteúdo e que é incluído em assinaturas utilizadas por cerca de 160 milhões de trabalhadores.
Mecanismo de busca Bing
Ao contrário do mecanismo de busca Bing público, a versão corporativa não permite nenhuma visualização ou salvamento de dados do usuário, promete a Microsoft. Um funcionário teria que fazer login com credenciais de trabalho para obter essas proteções.
O lançamento segue a crescente preocupação do setor com funcionários inserindo informações que seriam confidenciais em chatbots públicos, que revisores humanos podem ler ou a IA pode reproduzir.
Questionado se os usuários do Bing estão desprotegidos, Spataro disse que a Microsoft deixou claras suas políticas de privacidade e está ansiosa para levar a IA aos consumidores. A empresa também anunciou a capacidade de fazer upload de imagens e pesquisar conteúdo relacionado a elas, como o Google permite.