Na esteira de Zambelli, pela internet, Bolsonaro tenta disfarçar o incômodo em uma provocação aos opositores. Pelas redes sociais, nesta sexta-feira, disse que um panelaço previsto para esta noite será em comemoração a três anos sem corrupção em seu governo. A manifestação está marcada às 20h30, quando o mandatário neofascista fará um pronunciamento.
Por Redação - de Brasília
A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) lançou o escárnio, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi junto e ambos se transformaram a piada que faltava para o fim de um ano trágico. Zambelli convocou um panelaço em comemoração aos "3 anos sem corrupção” de um governo citado exatamente por atos corruptos na compra de vacinas.
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“Amanhã, 31/12, panelaço no pronunciamento do Presidente às 20h30 em comemoração aos 3 anos sem corrupção no Brasil. Esquerda está convidada também a bater panelas, devem estar em abstinência, ajuda a desopilar o fígado”, disse, sabendo que o ‘panelaço’ marcado para a última noite do ano tende a ser ensurdecedora.
Na esteira de Zambelli, pela internet, Bolsonaro tenta disfarçar o incômodo em uma provocação aos opositores. Pelas redes sociais, nesta sexta-feira, disse que um panelaço previsto para esta noite será em comemoração a três anos sem corrupção em seu governo. A manifestação está marcada às 20h30, quando o mandatário neofascista fará um pronunciamento de seis minutos em cadeia de rádio e TV. O vídeo foi gravado antes da viagem de folga a Santa Catarina.
"Hoje, dia 31 às 20h30, panelaço da esquerda para protestar contra o Governo Bolsonaro por estarmos, há três anos, sem corrupção", escreveu o presidente em suas redes sociais. No mesmo horário, adversários do presidente convocam um panelaço contra Bolsonaro.
Imprensa
O combate à corrupção de que ele fala, no entanto, é tratado de maneira pouco enfática no governo. Sempre que confrontado com suspeitas envolvendo aliados, amigos e familiares, o presidente critica imprensa, Ministério Público e Judiciário, enquanto alvos são mantidos nos cargos.
Em novembro de 2018, após eleito, Bolsonaro afirmou que ministros alvo de acusações contundentes deveriam deixar o governo, o que não se concretizou na prática. O ministro Marcelo Álvaro Antônio (Turismo), por exemplo, seguiu no governo após ter sido indiciado pela Polícia Federal e denunciado pelo Ministério Público de Minas sob acusação de envolvimento no caso das candidaturas laranjas do PSL.
Desde que assumiu a Presidência, Bolsonaro tenta evitar investigações à sua família.