O provável candidato a um terceiro mandato, no Planalto, também mostrou-se inconformado pela condução desastrosa de Bolsonaro ante a pandemia de covid-19 e a corrupção na compra das vacinas demonstrada pela CPI da Covid. Lula citou os esforços durante as gestões petistas para retirar o Brasil do Mapa da Fome.
Por Redação - do Rio de Janeiro
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira, que o Brasil está na “hora de se indignar”. Diante milhares de pessoas que participaram do encerramento do Encontro Democracia e Igualdade, no auditório da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Lula manifestou indignação pela volta da fome no país e pelos retrocessos na educação, citando o mais recente escândalo envolvendo pastores no Ministério da Educação.
O provável candidato a um terceiro mandato, no Planalto, também mostrou-se inconformado pela condução desastrosa de Bolsonaro ante a pandemia de covid-19 e a corrupção na compra das vacinas demonstrada pela CPI da Covid. Lula citou os esforços durante as gestões petistas para retirar o Brasil do Mapa da Fome. Os resultados foram reconhecidos pela ONU em 2014.
— O Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo. Não é possível ver as pessoas correndo atrás do caminhão de frango que tombou, pegando osso. Não é falta de carne, não é falta de arroz. É falta de vergonha na cara das pessoas que governam esse país — acrescentou.
Petróleo
Quanto à inflação, no país, o ex-presidente repetiu que pretender “abrasileirar” os preços dos combustíveis e criticou o atrelamento da gestão da Petrobras aos preços internacionais do petróleo. Ele lembrou à plateia que, durante a crise financeira internacional de 2008, o preço do barril de petróleo chegou a custar US$ 147, mas na bomba o preço médio da gasolina no Brasil era de R$ 2,40.
— Nós vamos voltar. E quando a gente voltar, a gente vai tratar de abrasileirar o preço das coisas — pontuou.
Lula voltou a enfatizar a intenção de revogar a “reforma” trabalhista.
— Se preparem, porque nós vamos voltar a garantir direitos ao povo trabalhador desse país — disse, ao comentar a situação precária em que vivem os trabalhadores de aplicativos. Como exemplo, ele citou o caso da Espanha, que recentemente revogou a reforma trabalhista que retirou direitos.
Nesse sentido, Lula destacou também que atualmente a maioria das negociações coletivas não conseguem repor sequer as perdas salariais.