Lula e Alckmin formalizam intenção de formar chapa à Presidência e Vice
A solenidade contou com as presenças dos presidentes do PT e do PSB, na capital paulista. Em seu discurso, Lula enalteceu a experiência de ambos e disse que o compromisso da união não é apenas vencer, mas possibilitar a crescimento econômico e social do Brasil.
A solenidade contou com as presenças dos presidentes do PT e do PSB, na capital paulista. Em seu discurso, Lula enalteceu a experiência de ambos e disse que o compromisso da união não é apenas vencer, mas possibilitar a crescimento econômico e social do Brasil.
Por Redação, com RBA - de São Paulo
Em reunião nesta sexta-feira, o PSB indicou formalmente o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) para compor a chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato a vice-presidente. A solenidade contou com as presenças dos presidentes do PT e do PSB, na capital paulista. Em seu discurso, Lula enalteceu a experiência de ambos e disse que o compromisso da união não é apenas vencer, mas possibilitar a crescimento econômico e social do Brasil.
Lula (D) e Alckmin cumprimentam-se, durante solenidade de indicação para a chapa presidencial às eleições deste ano
— Se essa chapa for formalizada, não é apenas para vencer as eleições. Nossa tarefa é recuperar o país. Vamos conversar com toda a sociedade brasileira, com os grandes e pequenos empresários, além do povo trabalhador e os sem-terra. Todo mundo será respeitado nesse país, mas nosso coração será voltado àqueles que mais necessitam — afirmou Lula.
Além de Lula e da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), estiveram presentes os deputados federais José Guimarães (CE), Paulo Teixeira (SP) e Reginaldo Lopes (MG); o senador Paulo Rocha (PA); o deputado estadual paulista Emidio de Souza; o secretário de Comunicação do PT, Jilmar Tatto; e o presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante.
Por escrito
Do lado do PSB estavam o presidente da sigla, Carlos Siqueira e o ex-governador Márcio França; os deputados federais Danilo Cabral (PE) e Alessandro Molon (RJ); o prefeito de Recife João Campos; o deputado estadual Caio França; e o ex-prefeito de Campinas Jonas Donizette. A indicação também foi formalizada em carta do partido ao PT. “Essa proposição não se limita apenas ao aspecto eleitoral e envolve uma dimensão programática”, diz o texto.
De acordo com o texto, uma frente ampla exige um programa que corresponda às perspectivas das forças que a compõem. “Tanto em termos políticos partidários quanto o que se refere aos segmentos da sociedade civil que tal frente pretende representar”, afirma o documento.
Na carta, o PSB pede protagonismo do partido na elaboração do projeto de governo de Lula e reitera que “a democracia não pode ser uma fórmula vazia”, e é preciso assegurar cultura, saúde, educação e prosperidade aos brasileiros. “Apenas uma chapa, contudo, pode entregar à população o muito que, com toda legitimidade, ela exige. Temos convicção de que esta chapa é a que se consolidará com as candidaturas dos companheiros Lula e Geraldo Alckmin”, assinala.
Compromisso
O nome de Alckmin, agora, será submetido ao PT para ser oficializado como vice de Lula. O anúncio oficial da pré-candidatura da chapa está previsto para 30 de abril. O ex-presidente lembrou da disputa entre ele e Alckmin em 2006 e afirmou que a democracia sempre foi respeitada nos embates entre petistas e tucanos.
Lula também reafirmou compromisso com a reconstrução do país e lamentou o retrocesso dos últimos anos.
— Quando deixei a Presidência, imaginei que, em 2022, estaríamos mais próximos dos países de primeiro mundo. Doze anos depois, foram destruídas coisas que demoraram muito tempo para serem construídas. Não foi fácil reestabelecer o crescimento econômico e destruíram — lamentou.
O ex-presidente disse, ainda, que a população mais pobre será o pilar central de seu projeto econômico que reverterá as ações feitas por Michel Temer e Jair Bolsonaro.
— Quando se fala em contenção de gastos, a corda arrebenta do lado do povo. A saúde é atacada, a aposentadoria é atacada, mas chamam de reforma, para atender os interesses do sistema financeiro — concluiu.