Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Lula aborda temas globais em discurso ao empresariado europeu

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Segunda, 17 de Julho de 2023 às 14:49, por: CdB

Ao saudar o presentes, Lula expressou sua satisfação em participar do encontro ao lado de líderes europeus e destacou a importância das relações entre empresas, universidades e a sociedade civil para impulsionar o desenvolvimento conjunto.


Por Redação, com ABr - de Bruxelas

Em seu discurso na abertura do encontro empresarial entre a América Latina e a União Europeia, na capital belga, nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfatizou os desafios globais, como a pandemia da covid-19, as mudanças climáticas, a crise democrática e a guerra, ressaltando a necessidade de governantes, empresários e trabalhadores unirem-se na reconstrução de um caminho próspero e na retomada da produção, investimentos e empregos.

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No encontro promovido pela UE, o presidente Lula fala à plateia composta por líderes políticos e empresariais


Ao saudar o presentes, Lula expressou sua satisfação em participar do encontro ao lado de líderes europeus e destacou a importância das relações entre empresas, universidades e a sociedade civil para impulsionar o desenvolvimento conjunto.

Lula ressaltou, entretanto, o papel estratégico dos países da América Latina e do Caribe para a Europa e o mundo, destacando as oportunidades de investimento e expansão do consumo na região. Ele mencionou o fortalecimento das relações comerciais entre o Brasil e a União Europeia, que se tornou o segundo maior parceiro comercial do país, com uma corrente de comércio projetada para ultrapassar os US$ 100 bilhões neste ano, até agora.

O presidente também expressou o desejo de concluir um “acordo equilibrado” entre o Mercosul e a União Europeia, abrindo novos horizontes para ambas as partes e permitindo a adaptação aos desafios presentes e futuros. Em seu discurso, o líder brasileiro abordou as compras governamentais como um instrumento vital para investimentos em infraestrutura e para sustentar a política industrial.

Energia


Países como Estados Unidos e União Europeia já adotam políticas industriais baseadas em compras públicas e conteúdo nacional, salientou. Lula ressaltou, ainda, o potencial do mercado interno brasileiro, com uma população de 203 milhões de pessoas, e enfatizou a necessidade de ampliar investimentos em bens duráveis, insumos e serviços associados. Ele anunciou, adiante, o lançamento de um Plano de Investimentos para superar os gargalos existentes e gerar empregos de qualidade; além de combater a pobreza e aumentar a renda das famílias brasileiras. O programa abrangerá a modernização da infraestrutura logística, com investimentos em rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos.

O presidente abordou, em seguida, a questão da matriz energética brasileira, e destacou que o país possui uma das mais limpas do planeta, com a maior parte da eletricidade proveniente de fontes renováveis. Lula mencionou o compromisso em melhorar ainda mais esses números, priorizando a geração de energia solar, eólica, biomassa, etanol e biodiesel, além do potencial de produção de hidrogênio verde. E ressaltou as oportunidades nas áreas de mobilidade urbana, saneamento, prevenção de desastres e financiamento habitacional, que estimulam a cadeia produtiva de transporte e construção.

Educação


O discurso também abordou a importância da educação de qualidade para impulsionar o crescimento baseado na geração de tecnologia e inovação, privilegiando a economia do conhecimento. Lula ressaltou a necessidade de parcerias entre governo e empresários em áreas como concessões, Parcerias Público-Privadas (PPPs) e contratações diretas.

Em seu pronunciamento, enfatizou contudo que o novo Brasil em reconstrução busca conciliar seus compromissos com os fundamentos macroeconômicos, como o controle da inflação e o equilíbrio das contas públicas, a fim de garantir estabilidade, expansão econômica e progresso social.

O presidente destacou, por fim, a reforma tributária em curso para simplificar a arrecadação de tributos e tornar a economia mais eficiente, bem como o sistema financeiro robusto do Brasil, que possibilitará a expansão sustentável do crédito nos próximos anos.

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