Rio de Janeiro, 20 de Janeiro de 2025

Líderes não aprenderam lições do século XX, diz Francisco

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Segunda, 14 de Março de 2022 às 09:10, por: CdB

 

De acordo com o papa, as "grande crise financeira de 2008" poderia ter empurrado a humanidade para uma nova direção. "Mas, substancialmente, o mundo continua a ser governado por critérios obsoletos, para não falar do âmbito geopolítico e militar", acrescentou.

Por Redação, com ANSA - da Cidade do Vaticano

Em mais um pronunciamento contra a invasão da Ucrânia pela Rússia, o papa Francisco afirmou nesta segunda-feira que os líderes que "governam a sorte dos povos" não aprenderam "as lições das tragédias do século XX".
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Papa Francisco em audiência com associação beneficente italiana
A declaração foi dada durante uma audiência com membros de uma entidade beneficente de empresários e industriais da região italiana do Lazio, onde fica a capital Roma. Em seu discurso, Jorge Bergoglio disse que é necessário que "a política e a economia, em constante diálogo entre si, se coloquem decididamente a serviço da vida humana, e não a serviço da morte, como, infelizmente, acontece às vezes". – Diversas guerras regionais e especialmente a guerra em curso na Ucrânia demonstram que quem governa a sorte dos povos ainda não aprendeu as lições das tragédias do século XX – afirmou Francisco.

"Grande crise financeira de 2008"

De acordo com o papa, as "grande crise financeira de 2008" poderia ter empurrado a humanidade para uma nova direção. "Mas, substancialmente, o mundo continua a ser governado por critérios obsoletos, para não falar do âmbito geopolítico e militar", acrescentou. Desde o início da invasão russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro, Bergoglio tem feito diversos apelos em defesa da paz e recusou-se a adotar a narrativa do Kremlin de que trata-se apenas de uma "operação especial", e não de uma guerra. Além disso, o Vaticano criticou publicamente o patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo, por ter insinuado apoio à invasão. O Papa também se reuniu nesta segunda com o premiê da Eslováquia, Eduard Heger, e com o ministro das Relações Exteriores da Letônia, Edgars Rinkevics, para discutir a crise ucraniana.
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