Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

Levy pede demissão após ser humilhado, publicamente, por Jair Bolsonaro

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Domingo, 16 de Junho de 2019 às 09:27, por: CdB

Uma das razões para a demissão de Levy, segundo analistas ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil; foi a inexistência da tal uma ‘caixa preta’ no BNDES.

Por Redação - do Rio de Janeiro
Joaquim Levy pediu para deixar a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo informou o economista em nota publicada neste domingo, um dia após o presidente da República, Jair Bolsonaro, ameaçar publicamente demiti-lo se ele não afastasse um executivo do banco de fomento.
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Levy foi indicado por Dilma para a Diretoria Financeira do Banco Mundial e depois contratado por Paulo Guedes para a Presidência do BNDES
No comunicado, Levy disse que já encaminhou o pedido de desligamento ao ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável por nomeações na área econômica. Em comunicado, Levy agradeceu ao ministro pela confiança e disse que espera sucesso do país na aprovação de reformas. “Agradeço também, por oportuno, a lealdade, dedicação e determinação da minha diretoria. E, especialmente, agradeço aos inúmeros funcionários do BNDES, que têm colaborado com energia e seriedade para transformar o banco”, disse Levy. Uma das razões para a demissão de Levy, segundo analistas econômicos ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil; além do viés político, foi a inexistência de uma ‘caixa preta’ no BNDES, mais uma denúncia vazia do presidente Bolsonaro, durante a campanha eleitoral.

Substituto

A relação de Levy com o planalto vinha desgastada há algum tempo e, dentre os motivos, estão temas como a devolução de recursos ao Tesouro Nacional e a abertura de informações do banco com detalhes sobre financiamentos do passado. Mais recentemente houve um novo desgaste interno com as mudanças propostas no Fundo Amazônia, mas a gota da água foi a nomeação de um profissional para área de mercado de capitais do banco com ligação com o PT. Levy nomeou o advogado Marcos Pinto, que teve cargo no banco durante governos do PT, para ser diretor de Mercado de Capitais da instituição. No sábado, Bolsonaro afirmou a jornalistas que falou a Levy que ele deveria demitir Pinto ou que ele mesmo seria demitido. O governo ainda não anunciou oficialmente a saída de Levy e o nome do substituto.
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