IBGE mostra que nossa luta por salários iguais deve ser permanente

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Publicado segunda-feira, 24 de junho de 2024 as 09:59, por: CdB

Apesar da Lei 14.611, mulheres ainda enfrentam desigualdade salarial em 82% das empresas, especialmente na saúde e educação, ressaltando a necessidade de engajamento contínuo.

Por Professora Francisca – de São Paulo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no último dia 21, uma pesquisa que mostra que apesar de a Lei 14.611 ter sido sancionada pelo presidente Lula no ano passado, para atingirmos a igualdade salarial com os homens quando exercemos as mesmas funções, é essencial o nosso engajamento permanente.

Apesar da Lei 14.611, mulheres ainda enfrentam desigualdade salarial

De acordo com o levantamento, 82% das empresas pagam salários menores para as mulheres. E o pior é de que dentre as 357 áreas pesquisadas, encontram-se a saúde e a educação, onde a maioria absoluta dos profissionais é composta por mulheres.

Na saúde, o salário médio das mulheres em 2022 foi de R$ 3.069,17 e dos homens de R$ 3.794,81 e na educação as mulheres receberam em média R$ 3.985,91 no mesmo ano e os homens R$ 4.218,73.

As diferenças

Em outras áreas as diferenças podem ser ainda maiores. Como se vê por essa pesquisa, a luta das mulheres por igualdade de direitos e por respeito à sua dignidade depende exclusivamente das mulheres se unirem e irem para as ruas como temos feito em relação ao funesto PL do Estupro.

Como define bem a filósofa Simone de Beauvoir, nada nos deve definir e sujeitar, porque a liberdade é “a  nossa própria substância, já que viver é ser livre” e par isso se confirmar é necessário conquistarmos o nosso espaço de direito na sociedade, no poder e na vida. Não existe democracia sem a participação das mulheres.

 

Professora Francisca, é diretora da Secretaria de Assuntos Educacionais e Culturais da Apeoesp – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, da Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), secretária-adjunta de Finanças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e diretora da CTB-SP.

As opiniões aqui expostas não representam necessariamente a opinião do Correio do Brasil

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