Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Guedes tenta minimizar estrago produzido por suas declarações

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Quarta, 26 de Outubro de 2022 às 13:28, por: CdB

O ministro da Economia, empresário Paulo Guedes, participou de um debate sobre o cenário econômico nacional, nesta quarta-feira, com empresários do setor produtivo de Minas Gerais. O evento também reuniu representantes do governo de Romeu Zema (Novo).

Por Redação - de Belo Horizonte
Ministro da Economia, o empresário Paulo Guedes tentou minimizar, nesta quarta-feira, o estrago produzido por suas declarações sobre a situação econômica do país, em especial o estudo sobre congelamento do salário mínimo. Ele declarou a empresários que o governo federal vai, sim, conceder aumento salarial acima da inflação.
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O ministro Paulo Guedes não negou a existência de estudo para congelar o salário mínimo
— Se nós demos aumentos para o salário mínimo e a aposentadoria durante a tragédia e a guerra, o que nós vamos fazer agora que a pandemia foi embora? Vamos dar aumento acima da inflação. Então é fake news que nós não vamos dar aumento — afirmou. Guedes participou de um debate sobre o cenário econômico nacional com empresários do setor produtivo de Minas Gerais. O evento também reuniu representantes do governo de Romeu Zema (Novo).

Parceria

O encontro, realizado no Minascentro, na região Centro-Sul da capital mineira, é organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais em parceria com outras entidades, tais como a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). O evento com o ministro da Economia acontece na reta final da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, que também está em Minas Gerais nesta quarta-feira. Na véspera, o candidato a vice na chapa, Walter Braga Netto, cumpriu agenda no Estado. Na realidade, o Ministério da Economia elaborou uma proposta defendendo o fim dos descontos no Imposto de Renda com gastos em despesas médicas e educação. De acordo Guedes, o Ministério não pretende acabar com as deduções e disse que a medida é "totalmente descabida de fundamento”.

Deduções

No entanto, um documento obtido pelo diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo mostra que dez páginas foram elaboradas pela equipe da área fiscal do ministério após o primeiro turno. Ainda segundo o jornal, o documento e os anexos com sugestões das mudanças foram elaborados pela equipe da área fiscal, sem aval do ministro. Dentre as principais propostas, os técnicos preveem que só a anulação da dedução das despesas médicas pode levar a uma economia de R$ 24,5 bilhões no ano.
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