Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Governo Biden trabalha com a tese de novos ataques do Estado Islâmico

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Sábado, 22 de Abril de 2023 às 15:55, por: CdB

O planejamento do ataque detalhado nos relatórios da inteligência norte-americana foi vazado na plataforma de mensagens Discord e obtido pelo WP. Os documentos revelam esforços específicos para atingir embaixadas, igrejas, centros comerciais e o torneio de futebol da Copa do Mundo da FIFA.


Por Redação, com WP - de Washington

Menos de dois anos depois que o presidente Biden retirou o pessoal dos EUA do Afeganistão, o país se tornou um importante local de coordenação para o Estado Islâmico (EI), já que o grupo terrorista planeja ataques na Europa e na Ásia e realiza “conspirações aspiracionais” contra os Estados Unidos, de acordo com relatório divulgado na edição deste sábado do diário norte-americano Washington Post (WP). A avaliação foi classificada no Pentágono como ameaça e uma preocupação de segurança crescente.

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Um afegão ao telefone, próximo às ferragens de um carro destruído pelo ataque de um drone norte-americano, em Cabul


O planejamento do ataque detalhado nos relatórios da inteligência norte-americana foi vazado na plataforma de mensagens Discord e obtido pelo WP. Os documentos revelam esforços específicos para atingir embaixadas, igrejas, centros comerciais e o torneio de futebol da Copa do Mundo da FIFA, que atraiu mais de 2 milhões de espectadores no verão passado, no Catar. Funcionários do Pentágono estavam cientes em dezembro de nove dessas conspirações coordenadas por líderes do EI no Afeganistão, e o número subiu para 15 em fevereiro, diz a avaliação, que não foi divulgada anteriormente.

Cronogramas


“O ISIS vem desenvolvendo um modelo econômico para operações externas que depende de recursos de fora do Afeganistão, operações em países-alvo e extensas redes de facilitação”, diz a avaliação, que é rotulada como ultrassecreta e traz os logotipos de vários departamentos do Departamento de Defesa dos EUA.

“O modelo provavelmente permitirá que o EI supere obstáculos – como serviços de segurança competentes – e reduza alguns cronogramas, minimizando as oportunidades de interrupção”, acrescenta o relatório.

As informações obtidas sobre o Afeganistão formam apenas uma faceta da ameaça terrorista complexa e em evolução descrita nos documentos vazados, agora vinculados a um caso criminal. Um integrantes da Guarda Aérea Nacional de Massachusetts é acusado de compartilhar informações classificadas com amigos online.

Fracasso total


Outros relatos nos mesmos documentos revelaram esforços persistentes do Estado Islâmico em outras partes do mundo para obter experiência na criação de armas químicas e na operação de drones; além de uma conspiração na qual os apoiadores do grupo sequestrariam diplomatas iraquianos, na Bélgica ou na França, em um tentativa de garantir a libertação de 4 mil militantes presos.

“Os documentos quase que certamente serão usados ​​como um porrete político pelos republicanos do Congresso e outros que ainda estão furiosos com a gestão caótica do governo Biden na saída dos EUA do Afeganistão, em agosto de 2021”, acrescenta o WP.

Orquestrada às pressas, a evacuação permitiu que mais de 120 mil pessoas fugissem do retorno do Talebã ao poder. Dezenas de milhares de aliados norte-americanos foram deixados para trás. A operação de duas semanas foi um fracasso absoluto. Quando a missão se aproximava do fim, um homem-bomba do Estado Islâmico matou cerca de 170 afegãos junto com 13 soldados norte-americanos antes que os operadores de drones dos EUA, acreditando ter identificado outro possível atacante do EI, matassem 10 civis afegãos inocentes, em um ataque aéreo malsucedido dias depois.

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