O general Gdias assumiu o lugar de Augusto Heleno, cuja exoneração foi publicada no Diário Oficial da União (D.O.U), no domingo. Heleno, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, não retornou mais ao Palácio do Planalto, desde então.
Por Redação - de Brasília
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foi o único ministério do governo Luiz Inácio Lula da Silvas (PT) que não teve cerimônia de posse. A decisão partiu do próprio ministro, o general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias, o Gdias, empossado no cargo ainda na véspera.
O general Gdias assumiu o lugar de Augusto Heleno, cuja exoneração foi publicada no Diário Oficial da União (D.O.U), no domingo. Heleno, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, não retornou mais ao Palácio do Planalto, desde então.
O novo ministro da pasta é conhecido pela discrição e por evitar aparições públicas - diferentemente do antecessor, um dos protagonistas militares do governo neofascista.
Varredura
O general Gdias comandará um setor sensível do novo governo e sobre o qual paira uma grande desconfiança. Na época da transição, a equipe de Lula descartou os serviços oferecidos pelo GSI por receio de espionagem. Agentes e sistemas de internet e telefone fornecidos pelo órgão no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) foram dispensados.
Ainda nesta terça-feira, a Polícia Federal (PF) prosseguia com a varredura nos palácios do Planalto e da Alvorada, para receber o presidente Lula. A verificação começou pelo gabinete presidencial, por etapas, com checagem completa sobre grampos, eventuais explosivos ou materiais suspeitos.
Até que o procedimento e outras adaptações sejam concluídas, Lula tem despachado de um hotel em Brasília. Na segunda-feira, Lula passou o dia no Itamaraty em conversas bilaterais com autoridades estrangeiras.