Futuro ministro avisa que atos terroristas serão penalizados

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Publicado terça-feira, 13 de dezembro de 2022 as 16:47, por: CdB

Manifestantes bolsonaristas antidemocráticos atacaram, na noite passada, a sede da Polícia Federal em Brasília em protesto contra a prisão do cacique Sererê Xavante, um dos lideres dos protestos golpistas no Distrito Federal. 

Por Redação – de Brasília

Senador eleito e ministro da Justiça indicado para o próximo governo, o ex-governador maranhense Flávio Dino (PSB-MA) avisou, nesta terça-feira, que os responsáveis por atos de vandalismo de manifestantes contrários ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília, serão devidamente responsabilizados.

Terrorismo em Brasília
Cinco ônibus foram incendiados por terroristas que seguem o presidente Jair Bolsonaro

— Estamos aqui para consignar o fundamental. Em primeiro lugar, as medidas de responsabilização já adotadas, as que foram adotadas hoje e que vão ser adotadas a partir de amanhã, vão prosseguir. Ninguém, absolutamente ninguém com atos de violência vai fazer cessar a providência de responsabilização. Isso todos podem ficar tranquilos. Com serenidade, com prudência, com tranquilidade, nos termos da lei. Todas as pessoas serão responsabilizadas — afirmou Dino a jornalistas, nesta manhã.

Sereno

Dino afirmou, ainda, que a segurança de Lula não foi ameaçada em nenhum momento.

— O presidente cumpriu todas as suas agendas, foi diplomado, e retornou em segurança para o hotel onde está tranquilo, sereno, descansando, e lá permanecerá — disse Passos.

O secretário de Segurança do Distrito Federal, Júlio Danilo, ao lado de Dino na entrevista, afirmou que o DF não vai tolerar vandalismo e vai punir os culpados.

— A gente não vai tolerar. Aquelas pessoas que venham a ser identificadas serão responsabilizadas. A gente vai trabalhar, esse trabalho de identificar, foram feitas imagens, tem como a gente identificar — declarou o secretário.

Sede da PF

Manifestantes bolsonaristas antidemocráticos atacaram, na noite passada, a sede da Polícia Federal em Brasília em protesto contra a prisão do cacique Sererê Xavante, um dos lideres dos protestos golpistas no Distrito Federal.

José Acácio Sererê Xavante teve a prisão temporária decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)  Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) , por crimes de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram bolsonaristas em atos violentos contra a PF e contra o patrimônio público.

Ninguém preso

Após uma noite de atos violentos, que incluiu incêndio em cinco ônibus e três carros no Centro de Brasília; além de depredações de patrimônio público, nenhum militante bolsonarista foi preso até agora. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informou, nesta manhã, que os atos de vandalismo praticados na noite passada foram controlados pelas Polícia Militar ainda na madrugada, com reforço de tropas especializadas.

A pasta destacou que os atos estão sendo apurados, mas admitiu que ninguém foi preso, o que é incomum quando se trata de manifestações violentas na capital.

“Até o momento, não foram constatadas prisões relacionadas aos distúrbios civis ocorridos”, informou. Diversos vídeos nas redes sociais mostram pessoas praticando atos flagrantes de violência. A maioria nem sequer esconde o rosto durante as ações. Ainda segundo a pasta, os policiais apenas atuaram para dispersar os manifestantes, sem detenções, para evitar “escalada ainda maior dos ânimos”.

Atos violêntos

“A SSP/DF destaca que para redução dos danos e para evitar uma escalada ainda maior dos ânimos, a ação da Polícia Militar se concentrou na dispersão dos manifestantes. Destacamos que o policiamento na área central e nas imediações do hotel em que o presidente da república eleito está hospedado têm policiamento reforçado.”

Os atos violentos, registrados em vídeos que viralizaram nas redes sociais, mostram os criminosos ateando fogo em veículos. Por causa disso, no final da noite e início da madrugada, o transporte público chegou a ser suspenso. Trabalhadores que voltavam do serviço e estudantes universitários ficaram sem condições de retornar para casa.

O deputado distrital eleito, Max Maciel (PSOL) questionou em uma rede social “se fossem estudantes protestando por passe livre ou professores protestando por salários melhores em quanto tempo a polícia teria reprimido com tiro, porrada e bomba?”.

Acampamentos

O próprio secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, delegado Júlio Danilo, admitiu que parte dos terroristas se encontra entre os bolsonaristas golpistas acampados no entorno do Quartel General do Exército e do Palácio da Alvorada. 

Estava entre os acampados, por exemplo, o indígena bolsonarista José Acácio Tserere Xavante. Preso a pedido da Procuradoria-Geral da República por comprovadamente organizar e insuflar atos golpistas, o indígena é o suposto estopim do caos. Sua detenção pela PF, a 600 metros do hotel onde está o presidente Lula, teria sido a “causa” da noite de terror.

Danilo ponderou que as áreas onde se encontram os acampados são de jurisdição federal e que não poderia atuar no local. Mas assegurou que os envolvidos nos crimes desta segunda-feira serão responsabilizados, sejam acampados, sejam moradores da capital.

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