Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Forças israelenses atacam área humanitária em Gaza

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Terça, 10 de Setembro de 2024 às 11:17, por: CdB

A região bombardeada abriga sobretudo palestinos deslocados pelo conflito de quase um ano no enclave, que já matou mais de 40 mil pessoas desde 7 de outubro do ano passado.

Por Redação, com ANSA e CartaCapital – de Gaza

As Forças de Defesa de Israel (IDF) lançaram um ataque contra uma zona humanitária em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, ação que, segundo o grupo fundamentalista Hamas, deixou 19 mortos e 60 feridos.

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Palestinos buscam desaparecidos após ataque israelense em Khan Younis

Inicialmente, a Defesa Civil de Gaza falou em 40 óbitos, mas depois o Ministério da Saúde do enclave revisou a cifra de fatalidades para 19.

“Antes do ataque, foram adotadas numerosas medidas para mitigar o risco de afetar civis”, garantiu o Exército israelense, acrescentando que o objetivo era matar “importantes terroristas” que operavam dentro de um “centro de comando na área humanitária de Khan Younis”.

Forças aéreas do Hamas

Os alvos, segundo as IDF, eram Samer Ismail Khader Abu Daqqa, chefe das forças aéreas do Hamas; Osama Tabash, responsável de vigilância e alvos na inteligência do grupo; e Ayman Mabhouh, também expoente da organização. Todos eles teriam tido participação nos atentados que deixaram 1,2 mil mortos em Israel e deflagraram a guerra em Gaza.

A região bombardeada abriga sobretudo palestinos deslocados pelo conflito de quase um ano no enclave, que já matou mais de 40 mil pessoas desde 7 de outubro do ano passado.

“As acusações da ocupação sobre a presença de combatentes da resistência (no local do ataque) são uma mentira clara”, garantiu o grupo islâmico.

Ativista turco-americana

O Exército israelense afirmou nesta terça-feira que é “muito provável” que suas forças tenham atirado e matado “involuntariamente” uma ativista turco-americana durante um protesto na Cisjordânia ocupada na semana passada.

Uma investigação “descobriu que é muito provável que ela tenha sido indireta e involuntariamente atingida por disparos das FDI que não foram dirigidos a ela, mas ao principal instigador dos tumultos”, disse o Exército em um comunicado, referindo-se à morte da ativista de 26 anos, Aysenur Ezgi Eygi.

O escritório de Direitos Humanos da ONU afirmou na sexta-feira após o ataque que as forças israelenses mataram Eygi com um “tiro na cabeça”.

A prefeita de Beita, a agência de notícias oficial palestina Wafa e sua família também relataram que ela foi morta por soldados israelenses.

A Turquia condenou o seu assassinato, enquanto os Estados Unidos o chamaram de “trágico” e na segunda-feira pediram “uma investigação rápida, completa e transparente”.

Antes da declaração desta terça-feira, o Exército israelense havia reconhecido que abriu fogo na área de Beita e disse que estava “investigando relatos de que um cidadão estrangeiro foi morto em consequência dos disparos”.

O Exército israelense afirmou que suas forças “responderam disparando na direção do principal instigador da violência, que havia atirado pedras nos soldados e representava uma ameaça para eles”.

O comunicado do Exército nesta terça-feira afirma que Eygi morreu “durante um violento distúrbio em que dezenas de suspeitos palestinos queimaram pneus e atiraram pedras contra as forças de segurança na passagem de Beita”.

Afirma ainda que pediu para “realizar uma autópsia” no corpo da ativista.

Eygi pertencia ao Movimento Internacional de Solidariedade (ISM), uma organização pró-palestina, e estava em Beita para participar de uma manifestação semanal contra os assentamentos israelenses.

No sábado, o ISM classificou as denúncias de que seus ativistas atiraram pedras contra as forças israelenses como “falsas” e disse que a manifestação foi pacífica.

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