A diretora-geral da entidade, Kristalina Georgieva, pediu às principais economias do G20 que "ajam com ousadia" para reconstruir o ímpeto das políticas de reformas após anos "apagando incêndios" na esteira dos choques econômicos causados pela pandemia da covid-19 e pela guerra na Ucrânia.
Por Redação, com Reuters - de Londres
As perspectivas de crescimento global de médio prazo são as mais fracas em décadas, mas as principais economias do G20 podem impulsionar as perspectivas de crescimento se trabalharem juntas para enfrentar as mudanças climáticas, evitar restrições comerciais e adotar princípios mundiais para a inteligência artificial (IA), afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A diretora-geral da entidade, Kristalina Georgieva, pediu às principais economias do G20 que "ajam com ousadia" para reconstruir o ímpeto das políticas de reformas após anos "apagando incêndios" na esteira dos choques econômicos causados pela pandemia da covid-19 e pela guerra na Ucrânia.
Com a expectativa de que o crescimento global chegue a 3,1% em 2024, a queda da inflação e a resiliência dos mercados de trabalho, as autoridades podem agora se concentrar na reconstrução de amortecedores fiscais contra choques futuros, aumentando as receitas domésticas, reduzindo o aumento da dívida pública e garantindo que tendências como a IA melhorem as perspectivas de crescimento, disse ela em publicação em blog nesta segunda-feira para acompanhar um relatório do FMI para o G20.
Choques globais
Georgieva, que se dirigirá às autoridades financeiras do G20 quando elas se reunirem em São Paulo nesta semana, disse que o baixo crescimento global afetou todos os países, mas teve implicações "particularmente preocupantes" para os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento, que resistiram a sucessivos choques globais, mas continuam atrás das economias avançadas.
Ela disse, por fim, que era vital que os países continuassem a trabalhar para ampliar sua base tributária, fechar brechas e melhorar a administração tributária, observando que o G20 havia solicitado ao FMI e ao Banco Mundial que lançassem uma iniciativa conjunta sobre a questão.