Desde o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul, a administração americana tem enfrentado pressão no país devido ao seu envolvimento no conflito de 4 anos no Iêmen.
Por Redação, com Sputnik - de Washington
Os Estados Unidos não pretendem ceder à pressão e parar de apoiar a coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita no Iêmen, declarou um alto funcionário do Departamento de Estado, citado pela Reuters.
Desde o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul, a administração americana tem enfrentado pressão no país devido ao seu envolvimento no conflito de 4 anos no Iêmen.
No mês passado, o Senado votou a favor de uma resolução para acabar com o apoio militar dos EUA à coalizão, incluindo a venda de armas e o fornecimento de dados de inteligência.
– Há pressão no nosso sistema… para que nos retiremos do conflito ou paremos nosso apoio à coalizão, algo a que, do lado da administração, nos opomos fortemente – disse Timothy Lenderking, vice-secretário adjunto para os Assuntos do Golfo Pérsico, citado pela agência.
O funcionário sublinhou que o apoio à coalizão "é necessário" e que, se os EUA pararem seu apoio, isso "enviará uma mensagem errada".
A afirmação vai no mesmo sentido das recentes palavras do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, que disse que o fim de assistência militar aos sauditas causará "danos imensos" aos interesses dos EUA.
Lenderking fez sua afirmação em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, durante um evento dedicado à segurança. Os Emirados também participam dos ataques aéreos ao Iêmen.
O alto funcionário apoiou os esforços militares da coalizão dois dias após o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados ter anunciado que o conflito mata ou mutila em média 123 civis por semana.
A coalizão árabe interveio no Iêmen em 2015 combatendo contra os rebeldes houthis, aliados do Irã. Desde a intervenção, o Iêmen mergulhou "na maior crise humanitária do mundo", segundo diz a ONU, com 75% da população precisando de ajuda. Pelo menos 16 mil civis morreram durante o conflito e 2,3 milhões foram deslocados, colocando grande parte da população à beira da fome.