Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Empresas de tecnologia pedem a funcionários que não falem com Huawei

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Segunda, 10 de Junho de 2019 às 07:57, por: CdB

Os fabricantes de chips Intel e Qualcomm, a empresa de pesquisa móvel InterDigital Wireless e a operadora sul-coreana LG UPLUS proibiram funcionários de terem conversas informais com a Huawei.

Por Redação, com Reuters - de São Francisco

Algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo pediram aos seus funcionários que parem de falar sobre tecnologia e padrões técnicos com seus equivalentes da Huawei em resposta à recente entrada da empresa na lista negra dos Estados Unidos, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto.
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Tais discussões são parte de rotina de reuniões internacionais em que engenheiros se reúnem para definir padrões técnicos para tecnologias de comunicação
Os fabricantes de chips Intel e Qualcomm, a empresa de pesquisa móvel InterDigital Wireless e a operadora sul-coreana LG UPLUS proibiram funcionários de terem conversas informais com a Huawei, maior fabricante de equipamentos de telecomunicações do mundo, disseram as fontes. Tais discussões são parte de rotina de reuniões internacionais em que engenheiros se reúnem para definir padrões técnicos para tecnologias de comunicação, incluindo a próxima geração de redes móveis conhecidas como 5G. O Departamento de Comércio dos EUA não proibiu o contato entre empresas e a Huawei. Em 16 de maio, a agência colocou a Huawei em uma lista negra, impedindo-a de fazer negócios com empresas norte-americanas sem a aprovação do governo, e alguns dias depois autorizou empresas dos EUA a interagir com a Huawei em órgãos normativos até agosto “como necessário para o desenvolvimento dos padrões 5G.” O Departamento de Comércio reiterou essa posição na sexta-feira em resposta a uma pergunta da agência inglesa de notícias Reuters.

Problemas

No entanto, pelo menos algumas grandes empresas de tecnologia dos EUA e do exterior estão dizendo a seus funcionários que limitem algumas formas de interação direta, disseram as pessoas, ao tentar evitar possíveis problemas com o governo norte-americano. A Intel e a Qualcomm informaram que forneceram instruções de conformidade aos funcionários, mas não quiseram comentar mais sobre elas. Um porta-voz da InterDigital disse que forneceu orientações aos engenheiros para garantir que a empresa esteja em conformidade com os regulamentos dos EUA. Uma autoridade da LG Uplus disse que a empresa “se abstém voluntariamente de interagir com os funcionários da Huawei, além de se reunir para problemas de instalação ou manutenção de equipamentos de rede”. A LG Uplus divulgou um comunicado à Reuters dizendo que não havia uma política formal dentro da empresa sobre limitar conversas com a Huawei. A Huawei não forneceu comentário.

United Technologies e Raytheon

United Technologies concordou no domingo em combinar seus negócios aeroespaciais com a empreiteira Raytheon e criar uma nova empresa no valor de cerca de US$ 121 bilhões, no que seria a maior fusão do setor. O acordo reformularia o cenário competitivo ao formar um conglomerado que abrange a aviação comercial e equipamentos de defesa. A United Technologies fornece eletrônicos, comunicações e outros equipamentos, principalmente aos fabricantes de aviões comerciais, enquanto a Raytheon fornece aeronaves militares e equipamentos de mísseis, principalmente ao governo dos Estados Unidos. Embora a United Technologies e a Raytheon tenham alguns clientes em comum, sua sobreposição de negócios é limitada, um argumento que as empresas planejam fazer quando os reguladores antitruste dos EUA começarem a analisar a fusão.

Fabricantes

No entanto, as duas principais fabricantes de aviões comerciais, Boeing e Airbus, assim como o Pentágono, são conhecidos por usar seu significativo poder de compra para buscar concessões de seus fornecedores e podem não receber bem uma redução potencial na competição entre eles. Sob o acordo anunciado no domingo, os acionistas da Raytheon receberão 2,3348 ações da empresa combinada para cada ação da Raytheon. A fusão deve resultar em mais de US$ 1 bilhão em sinergias de custos até o final do quarto ano, disseram as empresas. Os acionistas da United Technologies terão cerca de 57% do negócio combinado, chamado Raytheon Technologies Corporation, que será liderado por Greg Hayes, presidente-executivo da United. Os acionistas da Raytheon serão os proprietários da participação remanescente, e o presidente-executivo da Raytheon, Tom Kennedy, será nomeado presidente executivo do conselho da empresa combinada. As empresas negociaram os termos ao longo de vários meses, segundo a fonte, que pediu anonimato discutindo as deliberações confidenciais. O acordo deve ser fechado no primeiro semestre de 2020. A empresa recém-criada deverá retornar entre US$ 18 bilhões e US$ 20 bilhões aos acionistas nos primeiros três anos após a conclusão do negócio, disseram as empresas. A nova empresa também assumirá cerca de US$ 26 bilhões em dívida líquida, acrescentaram.
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