O presidente acredita que há uma tentativa de pressionar seu governo a ceder em questões fiscais, o que afetaria desproporcionalmente os mais pobres. Os economistas presentes no jantar, no entanto, aconselharam Lula a moderar seu tom nas críticas ao mercado financeiro e ao Banco Central (BC).
Por Redação – de São Paulo
Durante encontro na casa do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no início desta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ouviu economistas do campo progressista, em uma discussão sobre os desafios econômicos iminentes que o país pode enfrentar nos próximos meses. O principal assunto da conversa, segundo apurou a colunista Mônica Bergamo, do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, foi a possibilidade de uma alta da inflação, desencadeada pela valorização contínua do dólar.
Entre os presentes estavam o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, o ex-secretário do Ministério da Fazenda Luiz Gonzaga Belluzzo e o fundador do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), o economista Eduardo Moreira. De acordo com um dos participantes da reunião, Lula expressou uma indignação justificada com o que ele vê como um movimento especulativo contra seu governo.
Economia
O presidente acredita que há uma tentativa de pressionar seu governo a ceder em questões fiscais, o que afetaria desproporcionalmente os mais pobres. Os economistas presentes no jantar, no entanto, aconselharam Lula a moderar seu tom nas críticas ao mercado financeiro e ao Banco Central (BC).
Eles destacaram que, embora o presidente esteja determinado a proteger o salário mínimo, as aposentadorias, os benefícios sociais, e os investimentos em saúde e educação, uma posição menos combativa poderia evitar que a situação econômica se agravasse.
Durante o encontro, os economistas sublinharam que, para a população, o aspecto mais tangível da economia é o preço dos produtos nas prateleiras dos supermercados.