Donald Trump teve segurança reforçada após descoberta de plano do Irã

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Publicado quarta-feira, 17 de julho de 2024 as 13:21, por: CdB

O Conselho de Segurança Nacional norte-americano informou que rastreia há anos “as ameaças iranianas contra ex-funcionários do governo Trump”, uma vez que Teerã buscava se vingar do assassinato do comandante da Guarda Revolucionária Qasem Soleimani.

Por Redação, com CartaCapital – de Washington

O Serviço Secreto dos Estados Unidos aumentou semanas atrás a segurança de Donald Trump, depois que autoridades descobriram um plano iraniano para assassiná-lo, porém sem ligação com o ataque a tiros do último sábado durante um comício, noticiou nesta terça-feira 16 a imprensa americana.

Donald Trump

Segundo a rede de TV CNN, autoridades americanas receberam informações de uma fonte sobre um complô de Teerã contra o ex-presidente, o que levou ao reforço da proteção de Trump. Outros veículos também reportaram o plano.

O Conselho de Segurança Nacional norte-americano informou que rastreia há anos “as ameaças iranianas contra ex-funcionários do governo Trump”, uma vez que Teerã buscava se vingar do assassinato do comandante da Guarda Revolucionária Qasem Soleimani, ocorrido em 2020. “Consideramos esse um tema de segurança nacional da mais alta prioridade.”

A investigação sobre o ataque a tiros de sábado “não identificou vínculos entre o atirador e qualquer cúmplice”, ressaltou.

O Serviço Secreto, por sua vez, informou que recebe “constantemente novas informações sobre potenciais ameaças” e que toma medidas “para ajustar os recursos conforme necessário”.

O Serviço Secreto enfrenta um intenso escrutínio após a tentativa de assassinato de Trump no último sábado. Muitos questionam como um homem armado pôde abrir fogo contra o ex-presidente de um telhado localizado a 150 metros de distância.

Biden realiza primeiro comício após tentativa de assassinato de Trump

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizou na terça-feira seu primeiro ato de campanha após a tentativa de assassinato de seu rival republicano Donald Trump, a quem criticou por seu histórico e comentários, ao mesmo tempo em que pediu calma ao país.

Em encontro organizado em Las Vegas (oeste) pela NAACP, a principal associação de direitos civis dos Estados Unidos, o líder democrata, de 81 anos, clamou pela redução da temperatura no país, que está em suspense após o ataque de sábado contra Trump.

Biden também pediu a proibição do tipo de arma utilizada para tentar assassinar o recém-nomeado candidato presidencial republicano, que ficou ferido na orelha direita.

– Me ajudem a livrar as ruas dos Estados Unidos dessas armas de guerra. Nos disparos contra Donald Trump foi utilizado um AR-15… É hora de se desfazer delas – instou o presidente.

Biden disse que estava “aliviado” por seu rival no pleito de novembro estar bem após a tentativa de assassinato, ocorrida durante um comício na Pensilvânia.

No entanto, Biden criticou a trajetória do ex-presidente de 78 anos como um “inferno para os afro-americanos”, um eleitorado do qual busca apoio para defender sua candidatura vacilante.

Retomando assim seus ataques após alguns dias de contenção pelo incidente de sábado, criticou também a referência de Trump aos “empregos dos negros” durante seu debate no final de junho, no qual o presidente teve uma atuação desastrosa, com dificuldade para se expressar com clareza.

A viagem acontece em um ambiente tenso entre os democratas, em meio aos planos do partido de antecipar a nomeação de Biden como candidato oficial antes de sua convenção nacional marcada para agosto.

Alguns, preocupados com a saúde de Biden e sua capacidade para conseguir um novo mandato, pedem que a convenção seja adiada.

Os questionamentos pareciam ter diminuído após a tentativa de assassinato do ex-presidente, mas, na realidade, eles persistem por conta dos maus resultados de Biden nas pesquisas.

O presidente reconheceu seu mau desempenho no debate com Trump em junho, mas o atribuiu ao cansaço por uma sequência de viagens e a um resfriado.

Em entrevista à emissora NBC na segunda-feira, fez um esforço para parecer combativo.

“Estou velho”, reconheceu, “mas sou apenas três anos mais velho do que Trump. E minha acuidade mental é muito boa”, frisou.

Também defendeu sua retórica contra o ex-presidente depois dos republicanos o terem acusado de alimentar um clima perigoso que levou ao ataque a tiros contra Trump, que ficou ferido na orelha.

Biden reconheceu ter cometido um “erro” ao pedir que Donald Trump fosse colocado “no centro do alvo” em um evento com doadores, dias antes do atentado.

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