O risco de ser reprovado, segundo analistas ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil, é mínimo, uma vez que chega sob o crivo técnico das duas Casas. Tão logo seja encerrado o assunto, a primeira mulher na Presidência da República poderá comemorar, de uma vez por todas, a sua integridade política.
Por Redação - de Brasília
A direção do Congresso, a cargo do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) estuda a melhor data para levar à aprovação do Plenário as contas do governo federal de 2015, o último ano da presidenta deposta Dilma Rousseff (PT). Com base em mentiras e distorções legais na peça de ficção que continha as ditas ‘pedaladas fiscais’, foi esse o recurso usado pela mídia conservadora, o Parlamento e parcela da sociedade civil para consolidar o golpe.
O risco de ser reprovado, segundo analistas ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil, é mínimo, uma vez que chega sob o crivo técnico das duas Casas. Tão logo seja encerrado o assunto, a primeira mulher na Presidência da República poderá comemorar, de uma vez por todas, a sua integridade política.
Mesmo sem este argumento, o impeachment de Dilma já guardava uma cláusula que impediu a cassação de seus direitos políticos, tanto que foi candidata ao Senado por Minas Gerais, derrotada justamente por Pacheco.
Vitória certa
Ainda pesa, na Comissão Mista de Orçamento (CMO), alguns votos contrários ao arquivamento da matéria, uma vez comprovada a lisura nas contas de Dilma, mas até eles admitem, publicamente, a vitória da ex-presidente.
Historicamente, o Plenário do Congresso tem por hábito endossar de pronto as votações na CMO. A recomendação pela aprovação das contas de Dilma foi feita pelo deputado federal Enio Verri (PT-PR), relator do caso na Comissão. O parlamentar recomendou, nesta semana, a aprovação com 10 ressalvas.
— A aprovação das contas de Dilma Rousseff representará uma retratação histórica. Ela foi vítima de um golpe. Isso está claro — resumiu o deputado.