Esse tipo de flashes cósmicos é muito difícil de ser localizado porque eles são muito imprevisíveis e duram apenas uma fração de segundo, os astrônomos estão desde 2007 tentando entender de onde vêm essas rajadas.
Por Redação, com Sputnik - de Washington
A descoberta foi feita por uma equipe de cientistas internacionais. Utilizando medições precisas, eles conseguiram determinar que as rajadas de rádio vinham de uma galáxia próxima, a Messier 81 (M 81).
Esse tipo de flashes cósmicos é muito difícil de ser localizado porque eles são muito imprevisíveis e duram apenas uma fração de segundo, os astrônomos estão desde 2007 tentando entender de onde vêm essas rajadas.
– Queríamos procurar pistas sobre as origens das explosões. Usando muitos radiotelescópios juntos, sabíamos que poderíamos identificar a localização da fonte no céu com extrema precisão. Isto cria a oportunidade de ver como é a vizinhança de um local com este tipo de explosão de rádio – diz Franz Kirsten, um dos autores do estudo.
Para conseguir realizar as medições, os cientistas utilizaram 12 telescópios espalhados ao redor do planeta na Suécia, Letônia, Países Baixos, Rússia, Alemanha, Polônia, Itália e China. O estudo foi publicado na revista acadêmica Nature Astronomy.
Para surpresa dos cientistas, os flashes foram encontrados na galáxia M 81, que está relativamente próxima da Terra, a cerca de 12 milhões de anos-luz. Mas o que mais chamou a atenção dos astrônomos foi o fato de esta galáxia conter uma grande concentração de estrelas mais velhas, um fenômeno chamado de aglomerado globular.
– É incrível encontrar rajadas rápidas de rádio vindas de um aglomerado globular. Este é um lugar no espaço onde você só encontra estrelas velhas. Mais longe no Universo, rajadas rápidas de rádio foram encontradas em lugares onde as estrelas são muito mais jovens – diz Kenzie Nimmo, uma coautora do projeto.
Magnetars
A partir desta descoberta, os astrônomos criaram a teoria de que essas rajadas poderiam estar relacionadas com magnetars, que são os resíduos ultradensos deixados por grandes estrelas após explodirem. O magnetar é o mais poderoso ímã já encontrado no Universo.
Para criar explosões suficientemente grandes e gerar flashes de luz no céu, os pesquisadores acreditam que a origem seja um magnetar formado após uma anã branca se tornar massiva o suficiente para colapsar por conta de seu próprio peso.
– Se uma das anãs brancas conseguir pegar massa extra suficiente de sua companheira, ela pode se transformar em uma estrela ainda mais densa, conhecida como estrela de nêutrons. Essa é uma ocorrência rara, mas em um aglomerado de estrelas antigas é a maneira mais simples de fazer rajadas rápidas de rádio – explicou um dos pesquisadores envolvidos no projeto, Mohit Bhardwaj.