Via os canais diplomáticos, os chineses sinalizaram de forma positiva à nova agenda, que deve ser realizada entre os dias 11 e 14 de abril. O governo federal ainda aguarda a agenda do presidente da China para confirmar o encontro dele com Lula.
Por Redação - de Brasília
Em nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) confirmou, no fim da manhã desta sexta-feira, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcará para a China no próximo dia 11 de abril, conforme adiantou a reportagem do Correio do Brasil, em nossa edição impressa. A nova data foi proposta pelo Brasil ao governo chinês, do presidente Xi Jinping, depois que Lula que foi obrigado a cancelar sua viagem no sábado por conta de uma pneumonia.
Via os canais diplomáticos, os chineses sinalizaram de forma positiva à nova agenda, que deve ser realizada entre os dias 11 e 14 de abril. O governo federal ainda aguarda a agenda do presidente da China para confirmar o encontro dele com Lula. A previsão é que os dois líderes se reúnam no dia 13 ou 14, em Pequim. Era uma meta de ambos remarcar com certa urgência a viagem, em sinal à dimensão da China e do Brasil pela aproximação estratégica entre os dois países.
Lula também deve visitar a sede do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como o Banco dos Brics, em Xangai. Há uma semana, a instituição está sob o comando da presidenta deposta Dilma Rousseff (PT). Na China, o presidente deve assumir a pauta econômica e tratar das diversas possibilidades de entrosamento comercial bilateral com a China, a maior parceira comercial do Brasil. Há pelo menos 20 acordos prontos para assinatura entre os dois países.
Novos acordos
As negociações agendadas tratam de áreas como saúde, agricultura, educação, finanças, indústria, ciência e tecnologia. Há expectativas de que o governo brasileiro assine um acordo referente ao satélite Cbers-6, o primeiro equipamento do tipo sino-brasileiro que servirá para monitoramento da superfície da Terra, com foco na vigilância de florestas, como a amazônica. As iniciativas também podem impulsionar a fabricação de chips, o desenvolvimento da conexão 6G, entre outros avanços tecnológicos.
A Secom, porém, não deu outros detalhes sobre a viagem e também não há confirmação se os empresários brasileiros que fizeram parte da comitiva para a China, nesta semana, voltarão a viajar ao país com Lula. Confirmada a nova viagem, essa será a terceira agenda do presidente com os maiores parceiros comerciais do Brasil. Em três meses de governo, Lula já visitou a Argentina e os Estados Unidos.