Apenas no mês passado, as maiores altas foram apuradas em Fortaleza (1,77%), Curitiba (1,59%) e Florianópolis (1,42%). E as quedas, em Goiânia (-2,23%), São Paulo (-1,51%), Belo Horizonte (-1,49%) e Campo Grande (-1,43%).
Por Redação, com RBA - de São Paulo
De maio para junho, o preço médio da cesta básica aumentou em oito capitais e caiu em nove, segundo informou o Dieese nesta terça-feira (6). No primeiro semestre, foram 10 altas em um total de 17 cidades. E na comparação deste mês com igual período e 2020, o custo cresceu em todas as capitais.
Apenas no mês passado, as maiores altas foram apuradas em Fortaleza (1,77%), Curitiba (1,59%) e Florianópolis (1,42%). E as quedas, em Goiânia (-2,23%), São Paulo (-1,51%), Belo Horizonte (-1,49%) e Campo Grande (-1,43%).
De janeiro a junho, os aumentos variaram de 1,24% (Fortaleza) a 14,47% (Curitiba). A principal queda foi em Belo Horizonte (-6,42%). Na comparação com junho do ano passado, as altas vão de 11,17% (Recife) a 29,87% (Brasília). Em São Paulo, 14,58%.
De acordo com o Dieese, a cesta básica mais cara em junho foi a de Florianópolis: R$ 645,38. A de menor valor foi calculada em Salvador (R$ 467,30). Com base na primeira, o instituto calculou em R$ 5.421,84 o salário mínimo necessário para as despesas básicas de um trabalhador e sua família. Isso corresponde a 4,93 vezes o mínimo oficial (R$ 1.100), proporção maior que a apurada em maio (4,86).
Metade da renda
O tempo médio para adquirir os produtos da cesta caiu sete minutos, para um total de 111 horas e meia. Já o trabalhador remunerado pelo mínimo comprometeu 54,79%de sua renda para comprar os alimentos básicos. Esse percentual quase não se alterou em relação a maio (54,84%).
Entre os produtos, em junho o litro do leite integral subiu em 16 capitais e o da manteiga, em 12. “A baixa oferta de leite no campo e os altos custos de produção elevaram os preços dos derivados no varejo”, comenta o Dieese.
Por sua vez, o açúcar aumentou em 15 capitais. “A menor produtividade nos canaviais brasileiros e o bom desempenho nas exportações explicam a elevação dos preços.”, diz o instituto. Já a carne bovina de primeira teve alta em 14 cidades. “A forte demanda externa chinesa, os altos custos de produção e a oferta enxuta de animal para abate são os motivos do aumento.”
Óleo de soja
O preço médio do óleo de soja foi mais alto em 14 capitais. “Apesar do recuo nos preços da soja, devido às desvalorizações do dólar e à menor demanda de óleo para produção de biocombustível, no varejo, o produto seguiu em movimento de alta”, afirma o instituto em sua análise.
Pesquisada no Centro-Sul, a batata teve diminuição de preço em nove de 10 cidades. “A redução de custos foi causada pelo aumento na oferta e a menor demanda.” O preço da banana caiu em 14 capitais:
“Com o frio, o ritmo de colheita da banana nanica diminuiu, o que acabou reduzindo a intensidade da queda de preços dos meses anteriores. A oferta da banana prata aumentou e as cotações baixaram”. Com “demanda interna enfraquecida”, o preço do quilo do arroz recuou em 12 capitais.