Na comparação com agosto de 2023, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 5,1% em agosto de 2024. Nesse confronto, as projeções da Pesquisa Mensal de Comércio iam de uma alta de 2% a 5,7%, com mediana positiva de 4,1%.
Por Redação – do Rio de Janeiro
O resultado das vendas do comércio varejista ficou reduzido em 0,3% entre julho e agosto, na série com ajuste sazonal, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira. O resultado, no entanto, foi menos negativo do que a queda de 0,6% apontada pela mediana das estimativas dos analistas econômicos ouvidos pela agência norte-americana de notícias Bloomberg, que esperavam desde uma queda de 1,8% até alta de 0,2%.
Na comparação com agosto de 2023, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 5,1% em agosto de 2024. Nesse confronto, as projeções da Pesquisa Mensal de Comércio iam de uma alta de 2% a 5,7%, com mediana positiva de 4,1%.
As vendas do varejo restrito acumularam crescimento também de 5,1% no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, houve alta de 4%.
Ajustes
Quanto ao varejo ampliado — que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício —, as vendas caíram de forma mais acentuada, em 0,8% no mesmo período, na série com ajuste sazonal. O resultado contrariou a mediana das previsões de analistas, que apontava alta de 0,2%. O intervalo de projeções ia de queda de 1,2% a alta de 1,2%.
Na comparação com agosto de 2023, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 3,1% em agosto de 2024. Nesse confronto, as projeções variavam de uma elevação de 2,3% a 6,2%, com mediana positiva de 4,3%. As vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 4,5% no ano e aumento de 3,7% em 12 meses.
A queda de 0,3% no volume vendido pelo comércio varejista em agosto ante julho configura uma estabilidade, segundo Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio, do IBGE.
— Esse é um resultado interpretado como uma estabilidade. A gente vinha de resultados bastante positivos, principalmente até maio — afirmou.
Estabilidade
Nos seis demais meses do ano houve expansão no volume vendido: janeiro (3,6%), fevereiro (0,7%), março (0,2%), abril (0,8%), maio (0,9%), junho (-0,9%), julho (0,6%) e agosto (-0,3%).
— A leitura de curtíssimo prazo é de estabilidade, a leitura de médio prazo é de crescimento no ano de 2024 — analisou Santos. Na passagem de julho para agosto, o aspecto negativo foi o fato de apenas os farmacêuticos terem crescido, ponderou o pesquisador.
Sete das oito atividades tiveram retração em agosto ante julho: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,9%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,0%), móveis e eletrodomésticos (-1,6%), tecidos, vestuário e calçados (-0,4%), combustíveis e lubrificantes (-0,2%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%). As vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria cresceram 1,3%.