Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Balança comercial mostra nova decepção com vendas ao exterior

Arquivado em:
Quinta, 25 de Outubro de 2018 às 17:55, por: CdB

Em 2018 até agora, foram 6 meses de superávit e 3 de déficit, após o BC revisar o desempenho de agosto de negativo para positivo, citando novos dados enviados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) que apontaram exportações mais fortes para o período.

 
Por Redação - de Brasília
  O Brasil registrou superávit em transações correntes de US$ 32 milhões em setembro, divulgou o Banco Central nesta quinta-feira, desempenho abaixo do esperado, mas ainda guiado pelo peso do saldo positivo nas trocas comerciais.
porto-santos.jpg
A balança comercial brasileira tem recebido impacto sério por conta da crise
Em pesquisa da Reuters, a expectativa era de um superávit de R$ 388 milhões. Em 2018 até agora, foram 6 meses de superávit e 3 de déficit, após o BC revisar o desempenho de agosto de negativo para positivo, citando novos dados enviados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) que apontaram exportações mais fortes para o período.

Importações

No acumulado do ano, o saldo das transações correntes é negativo em US$ 7,435 bilhões, sobre US$ 2,745 bilhões em igual período de 2017. Em 12 meses, o rombo soma US$ 14,495 bilhões, correspondente a 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB). O BC piorou no último mês sua projeção para o ano a um déficit de US$ 14,3 bilhões, sobre US$ 11,5 bilhões antes, principalmente por um cálculo mais modesto para a balança comercial. Em setembro, a balança comercial seguiu como o fator de maior peso para o resultado das transações correntes. Apesar do saldo ter ficado positivo em US$ 4,563 bilhões, ele mostrou uma pequena queda sobre o patamar de US$ 4,921 bilhões registrado um ano antes. Isso porque as importações cresceram mais que as exportações, respondendo a uma melhoria na atividade econômica, movimento que tem sido observado ao longo de todo o ano.

Remessa de lucros

Ao mesmo tempo, os gastos líquidos de brasileiros no exterior caíram 37,7% sobre setembro do ano passado, a US$ 816 milhões, influenciados pela depreciação cambial, apontou o BC em nota. Enquanto o dólar médio em setembro ficou em R$ 4,12, no mesmo mês do ano passado era de R$ 3,13, afirmou o chefe adjunto do departamento de Estatísticas do BC, Renato Baldini. Por sua vez, as remessas de lucros e dividendos para fora tiveram um salto de 67,3%, a US$ 2,103 bilhões. Em setembro, os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 7,829 bilhões de dólares, acima da projeção de analistas de 7 bilhões de dólares.

Trajetória

Para outubro, a expectativa do BC é de um ingresso de US$ 8,5 bilhões, após os investimentos somarem US$ 6,9 bilhões até o dia 23 deste mês. Em coletiva de imprensa, Baldini avaliou que, apesar de alguma incerteza em relação às eleições presidenciais, o IDP segue em sua trajetória de crescimento, num avanço mais destacado desde maio. De lá para cá, o IDP acumulado em 12 meses em relação ao PIB subiu de 3,12% para 3,68% em setembro, segundo dados do BC. Para o ano, o BC vê o IDP chegar a US$ 72 bilhões.
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo