Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Apesar do leve aumento nas contratações, desemprego bate níveis recordes

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Quinta, 28 de Janeiro de 2021 às 14:37, por: CdB

As perdas no primeiro semestre foram seguidas pela geração de 140 mil postos em julho, 244 mil em agosto, 314 mil em setembro, 389 mil em outubro e 414 mil em novembro. No total do período, houve criação de 1,4 milhão de vagas.

Por Redação - de Brasília e São Paulo

Descontadas as demissões, o Brasil contratou em 2020 o total de 142.690 em empregos formais, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia. O saldo positivo, no entanto, não foi suficiente para alcançar uma recuperação mínima das vagas perdidas durante os 11 meses da pandemia. Durante esse período, houve o fechamento de 1,6 milhão de postos de março a junho, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

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Todos os brasileiros estamos aterrorizados pelo desemprego

As perdas no primeiro semestre foram seguidas pela geração de 140 mil postos em julho, 244 mil em agosto, 314 mil em setembro, 389 mil em outubro e 414 mil em novembro. No total do período, houve criação de 1,4 milhão de vagas.

Em dezembro, porém, houve o corte de 67.907 postos de trabalho, interrompendo o crescimento observado no segundo semestre. O último mês do ano tradicionalmente registra fechamento de vagas abertas, e 2020 teve o dezembro com queda mais branda desde 1995.

Emergencial

Ao longo do ano, houve 15.166.221 admissões e 15.023.531 desligamentos. A queda do setor automotivo acabou ajudando a amargar a situação da indústria, que perdeu em 3 meses a produtividade conquistada em 2 anos, segundo dados de junho da CNI.

Diante dos dados, ainda que fracos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou os dados dizendo que o país conseguiu, mesmo com a retração na atividade causada pela pandemia, registrar saldo positivo em 2020. Ele ressaltou que as recessões de 2015 e 2016 geraram demissões de 1,5 milhão e 1,3 milhão de pessoas, respectivamente.

O ministro considerou fundamental para o resultado a criação do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda — que estabeleceu regras para empresas cortarem salários e jornadas ou suspenderem contratos de trabalho, com pagamento de um benefício emergencial do Tesouro Nacional ao trabalhador afetado.

— De um lado, o auxílio emergencial fez a maior transferência direta de renda. E, por outro lado, o programa de empregos preservou 11 milhões de empregos — disse Guedes, que parabenizou a própria equipe.

Demissões

Até dezembro, o programa envolveu 1,4 milhão de empregadores e chegou a 9,8 milhões de trabalhadores. O benefício emergencial pagou R$ 33,4 bilhões até o ano passado, sendo que ainda há um valor residual a ser pago em 2021.

Os técnicos do Ministério da Economia afirmam que ameniza o risco de demissões neste momento a garantia provisória de empregos, prevista no programa. A regra exige das empresas a preservação dos trabalhadores afetados pelo dobro do período em que adotaram a medida, sob pena de multa caso a norma não seja seguida.

A jornalistas, Bruno Dalcolmo, secretário de Trabalho, disse que 3,5 milhões de trabalhadores contam atualmente com garantia provisória em funcionamento. Em mais de 50% dos casos, afirmou, essas garantias se estendem até o meio do ano, o que diminuiria os riscos de aumento no desemprego com o fim do programa.

A geração de empregos no ano foi puxada pela construção (112,1 mil vagas), seguida por indústria (95,5 mil), agropecuária (61,6 mil) e, com menor força, comércio (8,1 mil). Já o setor de serviços, atingido de forma mais intensa pelo isolamento social, foi o único a registrar perda (de 132,5 mil postos). Nesse caso, pesaram nos números as demissões nos segmentos de alojamento e alimentação, além de transporte, armazenagem e correio.

O resultado de dezembro ainda não tem ajuste de declarações feitas pelas empresas fora do prazo e, por isso, alterações nos números devem ser observadas nas próximas divulgações.

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