Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Aliados de Israel ouvem calados declarações de Lula contra Netanyahu

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Sábado, 15 de Junho de 2024 às 16:13, por: CdB

Durante a coletiva de imprensa, Lula reiterou a defesa brasileira por alterações no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Por Redação, com agências internacionais – de Roma

Diante dos mantenedores do regime sionista israelense, liderado pelo ultraconservador Benjamin Netanyahu, durante o encontro do G7 — grupo formado por Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido —, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez questão de manter o status de ‘persona non grata’ naquele país do Oriente Médio. Sem citar o nome do líder judeu, o presidente disse a jornalistas, neste sábado, que a inflexibilidade do governo israelense dificulta o diálogo pela paz. Nenhum dos integrantes do G7 o contradisse.

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Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeita qualquer “trégua temporária” com a Palestina e está cada vez mais isolado, prestes a ser preso

— O primeiro-ministro de Israel não quer resolver o problema, ele quer aniquilar os palestinos — acertou.

Durante a coletiva de imprensa, Lula reiterou a defesa brasileira por alterações no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

— Somente será resolvido o conflito no Oriente Médio, entre o governo de Israel e o povo palestino, no dia em que a ONU tiver força para implementar a decisão que marcou o território em 1967 e deixar os palestinos construírem a sua pátria livremente e viver harmonicamente com o povo judeu — acrescentou.

 

Resultado

Sobre outro conflito que ameaça a paz no continente europeu, Lula assinalou, em reunião com a presidenta da Suíça, Viola Amherd, que não participaria da reunião neste fim de semana em que se busca uma solução para a questão entre Rússia e a Ucrânia. O presidente argumentou que o governo brasileiro e o presidente da República Popular da China, Xi Jinping, trabalham em uma proposta de conciliação pela paz.

— Estamos propondo que haja uma negociação efetiva, que a gente coloque a Rússia e o (Volodymyr) Zelensky na mesa e vamos ver se é possível convencê-los de que a paz trará melhor resultado do que a guerra — afirmou.

 

Conselho da ONU

Sobre o papel da ONU, o presidente afirmou que a considera um organismo frágil, com os cenários de guerra na Ucrânia e na Faixa de Gaza, mas não acredita que haja uma mudança imediata no Conselho de Segurança até, por exemplo, a cúpula do G20, em novembro, no Brasil. 

— É aquele negócio, quem chegou primeiro na festa quer ficar e não quer dar o lugar para o outro — comparou.

Lula falou ainda, aos jornalistas, sobre o encontro com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, anfitriã da cúpula dos países ricos, no qual destacou a relação bilateral e a convidou a visitar o país com maior número de italianos fora da Itália.

— Eu tentei mostrar para ela o histórico da relação entre Brasil e Itália e a importância de ela ter contato com os quase 230 mil italianos que moram no Brasil, são quase 1,4 mil empresas que investem no Brasil e geram mais 150 mil empregos — concluiu.

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