Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Aiea alerta para ‘situação extremamente grave’ em Zaporizhia

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Terça, 09 de Abril de 2024 às 13:48, por: CdB

O órgão de vigilância da ONU tem expressado repetidamente que o conflito pode gerar um desastre nuclear, lembrando a explosão de um reator em Chernobyl, em 1986, no Norte da Ucrânia, que projetou radiações mortais por vasta área.


Por Redação, com Lusa - de Kiev


Uma explosão, após suposto ataque com drone na Central Nuclear ucraniana de Zaporizhia não prejudicou a sua segurança, mas acentuou a “situação extremamente grave” na unidade, alertou nesta terça-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).




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Moscou acusa Ucrânia de estar por trás de ataques à central nuclear

A agência das Nações Unidas, citada pela agência norte-americana de notícias Associated Press, indicou que foi informada hoje de uma explosão na maior central nuclear europeia, situada no Sul da Ucrânia e ocupada pela Rússia no início da invasão do país, em fevereiro de 2022. A explosão teria sido causada por um ataque com drone (aparelho aéreo não tripulado).


Na segunda-feira, Moscou alegou que a Ucrânia estava por trás de ataques com drones às instalações da central nuclear, ocorridos no dia anterior, e Kiev acusou a Rússia de usar táticas de desinformação.


A Aiea informou no domingo que seus inspetores confirmaram “o impacto físico das detonações de drones” e observaram como “as tropas russas enfrentaram o que parecia ser um drone que se aproximava”.


Os ataques mais recentes não comprometeram a instalação, que foi projetada para resistir à colisão de um avião comercial, disse a agência


O órgão de vigilância da ONU tem expressado repetidamente que o conflito pode gerar um desastre nuclear, lembrando a explosão de um reator em Chernobyl, em 1986, no Norte da Ucrânia, que projetou radiações mortais por vasta área.



Desligados há meses


Os seis reatores de Zaporizhia estão desligados há meses, mas a central ainda precisa de energia e de pessoal qualificado para operar sistemas de refrigeração cruciais e outros recursos de segurança.


Oleksandr Kharchenko, diretor do Centro de Pesquisa da Indústria Energética, com sede em Kiev, disse que não fazia sentido que as forças ucranianas atacassem a central nuclear porque a Ucrânia necessitará da energia que produz, numa fase em que a Rússia voltou a visar a rede elétrica do país.


– O ponto principal para o lado ucraniano neste momento, especialmente na situação em que nos encontramos, é salvar Zaporizhia, porque, para os nossos sistemas energéticos, essa unidade é uma mudança crítica no jogo – disse Kharchenko.


A guerra na Ucrânia prolonga-se há mais de dois anos, sem avanços significativos de ambas as partes. A Rússia tem assumido a iniciativa nos últimos meses e feito progressões no Leste do país, diante das forças ucranianas que enfrentam falta de homens e de munições.




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