Regras da plataforma não permitem conteúdo sobre a covid-19 que apresente "sérios riscos de danos significativos". Entre exemplos citados estão a promoção da hidroxicloroquina e ivermectina para tratar a doença.
Por Redação, com DW - de Brasília
O YouTube afirmou na quarta-feira que removeu vídeos do presidente Jair Bolsonaro da plataforma por disseminarem desinformação sobre a covid-19. Em nota, a rede social afirmou que, "após análise cuidadosa", decidiu remover os conteúdos por violarem "políticas de informações médicas" da plataforma. Foram apagados vídeos publicados neste ano e no ano passado. "Nossas regras não permitem conteúdo que afirma que hidroxicloroquina e/ou ivermectina são eficazes para tratar ou prevenir covid-19; garante que há uma cura para a doença; ou assegura que as máscaras não funcionam para evitar a propagação do vírus", diz a nota. Segundo a política do YouTube sobre a covid-19, publicada em 20 de maio de 2020, a rede social não permite conteúdo sobre a covid-19 que apresente "sérios riscos de danos significativos" ou "que dissemine informações médicas incorretas que contrariem as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) ou das autoridades locais de saúde sobre a covid-19". "Essas diretrizes estão de acordo com a orientação das autoridades de saúde locais e globais, e atualizamos nossas políticas conforme as mudanças nessas orientações", disse a plataforma na nota desta quarta. O YouTube deixou claro que aplica suas políticas de forma consistente, "independentemente de quem seja o produtor de conteúdo ou de visão política". A plataforma não informou quantos vídeos foram removidos. Segundo o portal G1, a rede social já havia apagado 12 conteúdos do canal do presidente em maio, por violarem a mesma regra que proíbe a recomendação de cloroquina e ivermectina contra covid-19, e outros cinco vídeos antes disso.