O Everest, que se estende pela fronteira Nepal-China e pode ser alcançado pelos dois lados, já foi escalado por 4.833 pessoas desde que o neozelandês Edmund Hillary e Tenzing Norgay Sherpa o fizeram pela primeira vez em 1953.
Por Redação, com Reuters - de Kathmandu
As viúvas de dois guias sherpa que morreram no Monte Everest tentarão escalar a montanha mais alta do mundo para completar a subida jamais finalizada por seus maridos, e esperam inspirar outras mulheres solteiras, disse a dupla nesta quarta-feira.
O marido de Furdiki Sherpa morreu fixando cordas para seus clientes estrangeiros na montanha de 8.850 metros em 2013.
Ela disse que tentará escalar em maio ao lado de Nima Doma Sherpa, esposa de um dos 16 sherpas mortos por uma avalanche perto do acampamento base em 2014.
Montanha
– Escalaremos a montanha para encerrar nosso sofrimento e homenagear nossos maridos chegando ao pico ao qual eles não chegaram – disseram as duas em comunicado.
Nima, de 36 anos, disse que os dois guias haviam finalizado o treinamento e escalado dois picos menores. O Nepal abriga oito das 14 maiores montanhas do mundo.
O Everest, que se estende pela fronteira Nepal-China e pode ser alcançado pelos dois lados, já foi escalado por 4.833 pessoas desde que o neozelandês Edmund Hillary e Tenzing Norgay Sherpa o fizeram pela primeira vez em 1953, de acordo com uma publicação de Alan Arnette, blogueiro do Everest.
Autoridades de alpinismo dizem que só cerca de 500 dos alpinistas do Everest eram mulheres.
Furdiki, de 42 anos, que como a maioria dos sherpas atende pelo primeiro nome, disse que a morte do marido resultou em grande dificuldade econômica.
– A morte do meu marido não é o fim da minha vida – disse a mãe de dois filhos à Reuters. “Estou realizando a expedição para divulgar a mensagem de que viúvas são capazes até mesmo de aventuras duras como esta”.