Nesta manhã, em entrevista à mídia conservadora, Dirceu destacou as diferenças entre Bolsonaro e Trump, assim como entre Lula e Joe Biden ou Kamala Harris.
Por Redação – de São Paulo
Ex-deputado e ex-ministro-chefe da Casa Civil, o advogado José Dirceu afirmou, nesta quinta-feira, que a vitória do republicano de ultradireita Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA serve como um alerta para a esquerda e para o governo brasileiro.
Nesta manhã, em entrevista à mídia conservadora, Dirceu destacou as diferenças entre Bolsonaro e Trump, assim como entre Lula e Joe Biden ou Kamala Harris.
— Lula não é Kamala e Bolsonaro não é Trump — afirmou.
Embora Trump tenha transformado o Partido Republicano em um partido “trumpista”, a direita brasileira é mais fragmentada, deduz Dirceu, e Bolsonaro não possui controle absoluto sobre o campo conservador. O líder petista alerta que essa fragmentação pode ser uma oportunidade para a esquerda, que precisa reavaliar seu discurso e atualizar sua estratégia.
— A esquerda tem que encontrar um caminho para retomar território, voltar à juventude, trabalhar com as redes e atualizar a sua mensagem — acrescentou.
Eleição do PT
Em uníssono com José Dirceu, o secretário de Comunicação do PT, deputado Jilmar Tatto (SP), concorda que a volta de Trump à Casa Branca acende o “sinal amarelo” de que Jair Bolsonaro (PL) poderá tentar uma volta ao poder em 2026. Por isso, diz, o partido precisa reagrupar setores heterogêneos e recriar a “frente ampla em defesa da democracia” que deu a vitória a Lula (PT) em 2022.
O ponto basilar dessa aliança, afirma, está no apoio do PT a Hugo Motta (Republicanos) e de Davi Alcolumbre (União) para as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente. Segundo Tatto, a aliança com partidos como Republicanos, PP e União Brasil “deixa o país em certa normalidade”.
De acordo com secretário, a tarefa do governo Lula agora é recompor o governo à luz do que aconteceu na disputa municipal, na eleição do Trump e do que está acontecendo no Congresso.