Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Vice-presidente da República, Mourão suspeita de laudos sobre a barragem de Brumadinho

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Sábado, 26 de Janeiro de 2019 às 16:51, por: CdB

Na véspera, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, afirmou que a tragédia causou surpresa pelo fato de laudos técnicos recentes terem apontado baixo risco de acidente no local.

 
Por Redação, com Reuters - de Brasília
  O vice-presidente da República, general da reserva Hamilton Mourão acredita que o governo tem documentos que mostram que a barragem que se rompeu em Brumadinho, em Minas Gerais, passou por análises e vistorias, mas é preciso saber se elas efetivamente foram realizadas. Mourão afirmou que uma checagem será feita para saber mais detalhes sobre os processos.
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O vice-presidente, general Mourão, diz que é preciso verificar a segurança dos laudos sobre a barragem de Brumadinho
— Tenho um dado de que todas as inspeções previstas foram realizadas. Cumpre verificar se ocorreram ou foi só papel — disse ele à agência inglesa de notícias Reuters. Na véspera, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, afirmou que a tragédia causou surpresa pelo fato de laudos técnicos recentes terem apontado baixo risco de acidente no local.

Laudo

A barragem 1, que se rompeu, estava paralisada há três anos e estava sendo descomissionada, disse Schvartsman. A estimativa é que havia cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro. O executivo afirmou que estava “tudo normal” na última leitura feita, em 10 de janeiro, e que ainda era cedo para dizer o motivo do colapso. Em coletiva de imprensa neste sábado, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o momento não é de questionar nenhum laudo. — Informações que temos de órgãos reguladores e de fiscalização é que toda documentação em Brumadinho estava regular — disse.

Desastre

A tragédia na região já deixou, até agora, 9 mortos, cujos corpos foram retirados do local, informou o Corpo de Bombeiros, que ainda procura cerca de 300 desaparecidos. O acidente ocorreu mais de três anos depois da barragem Fundão, da Samarco, joint venture da Vale e da BHP Billiton, ter se rompido em Mariana (MG), matando 19 pessoas e causando o pior desastre ambiental do Brasil.
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