Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Venezuela vai continuar sendo alvo de 'pressão máxima' dos EUA, diz mídia

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Quarta, 18 de Maio de 2022 às 07:36, por: CdB

De acordo com declarações de autoridades norte-americanas a várias mídias, os Estados Unidos vão continuar exercendo "pressão máxima" sobre a Venezuela por meio de sanções, tal como fez o anterior presidente americano, embora as restrições possam ser aliviadas sob certas condições.

Por Redação, com Sputnik - de Caracas

Washington está disposto a suspender algumas restrições aplicadas a Caracas, mas não vai abandonar sua política baseada em sanções.

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Venezuela vai continuar sendo alvo de 'pressão máxima' dos EUA, diz mídia

De acordo com declarações de autoridades norte-americanas a várias mídias, os Estados Unidos vão continuar exercendo "pressão máxima" sobre a Venezuela por meio de sanções, tal como fez o anterior presidente norte-americano, embora as restrições possam ser aliviadas sob certas condições.

O governo Biden tem manifestado a disposição de reduzir algumas sanções a Caracas caso o país concorde em se reunir com líderes da oposição, mas a política geral de Washington deve permanecer a mesma, disseram autoridades não identificadas citadas pelo Miami Herald, McClatchy e à agência inglesa de notícias Reuters na terça-feira.

– Queremos ser muito claros sobre este ponto: as sanções ao regime de Maduro permanecerão em vigor – disse um alto funcionário dos EUA familiarizado com o assunto. "Não estamos fazendo isso para reverter a campanha de pressão máxima de Trump. Nossa política, em geral, não mudou", afirmou.

O presidente Donald Trump iniciou diversas campanhas de "pressão máxima" contra vários países durante seu mandato, principalmente Irã e Venezuela, impondo pacotes de sanções destinados a isolar e paralisar suas economias. Biden, no entanto, pode relaxar as sanções a Caracas caso o governo de Nicolás Maduro concorde em se reunir com deputados da oposição na Cidade do México, disseram as autoridades.

Setor da energia

Se implementado, esse alívio de sanções incluiria uma licença para a gigante petrolífera Chevron iniciar negociações para futuros negócios na Venezuela, já que as empresas americanas estão atualmente impedidas de operar no país.

– É uma licença restrita que autoriza a Chevron a negociar os termos de suas potenciais atividades futuras na Venezuela, mas tudo isso depende de medidas positivas tomadas pelo regime de Maduro – disse um alto funcionário dos EUA, que completou dizendo que "seria necessária autorização posterior para a Chevron entrar em qualquer tipo de acordo."

De acordo com à Reuters, a vice-presidente venezuelana Delcy Rodriguez disse, na terça-feira, que seu governo espera que o alívio parcial das sanções acabe por "abrir o caminho para um levantamento total das restrições".

Um ex-alto funcionário venezuelano do setor da energia e parente da esposa de Maduro, Carlos Erik Malpica-Flores, também seria removido da lista negra de sanções dos EUA em caso de um acordo. Qualquer alívio adicional dependeria do resultado das negociações na Cidade do México, disse o alto funcionário, acrescentando que a oferta atual foi coordenada com figuras da oposição.

– É muito importante ressaltar que isso foi feito em coordenação com o presidente interino, Juan Guaidó, para avançar nas negociações – disse o funcionário, referindo-se ao líder da oposição reconhecido como presidente legítimo da Venezuela pelos EUA e vários aliados. "Isso é algo que eles pensaram que seria útil para que as negociações avancem."

O Departamento de Estado dos EUA reiterou o apoio de Washington a Guaidó no início deste mês, dizendo que continua comprometido com a "restauração pacífica da democracia" na Venezuela, ao mesmo tempo que considera o líder da oposição o "presidente interino" do país.

Flexibilização das sanções

As discussões sobre a flexibilização das sanções ocorrem depois que uma delegação dos EUA se reuniu com em Caracas em março, onde negociaram com sucesso a libertação de dois detidos americanos. Autoridades dos EUA reconheceram na ocasião que o petróleo também foi discutido, embora a então secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, tenha negado mais tarde que Washington estivesse considerando um acordo de energia com a Venezuela. O governo busca alternativas para o petróleo russo depois que as exportações foram efetivamente cortadas por pesadas sanções em resposta à sua operação militar especial à Ucrânia, em fevereiro.

Embora a nação latino-americana detenha algumas das maiores reservas de petróleo do mundo, sua produção atual fica em torno de apenas 600 mil barris por dia e é fortemente limitada pela falta de investimento estrangeiro, em parte, graças às sanções dos EUA. Um possível acordo com a Chevron, então, pode ser atraente para o governo Maduro, em um país que tem sofrido uma terrível crise econômica que fez com que grande número de residentes deixasse o país em busca de trabalho.

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