Como primeiro passo, por conta do fenômeno de tráfico de imigrantes que é "facilitado" por Belarus, Bruxelas propôs a suspensão do acordo de facilitação de vistos UE-Belarus para funcionários do governo de Minsk.
Por Redação, com ANSA - de Bruxelas
Há um ano da apresentação do primeiro Pacto sobre a Imigração, a União Europeia adotou nesta quarta-feira um novo plano de ação contra o tráfico de imigrantes. Entre as medidas, segundo informam o vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, e a comissária europeia para Assuntos Internos, Ylva Johansson, estão o reforço da "cooperação positiva" com países de fora do bloco que atuam contra esses grupos criminosos, mas também punições aos que "encorajam" a existência de tais organizações. Como primeiro passo, por conta do fenômeno de tráfico de imigrantes que é "facilitado" por Belarus, Bruxelas propôs a suspensão do acordo de facilitação de vistos UE-Belarus para funcionários do governo de Minsk. Essa é mais uma punição contra o governo de Aleksandr Lukashenko, considerado o "último ditador da Europa" pelo bloco, e que vem sofrendo sanções desde as polêmicas eleições de agosto do ano passado. – Não podemos ser ingênuos. Lukashenko está dando a possibilidade de terroristas e criminosos entrarem na União Europeia. Por esse motivo, é preciso controlar intensamente e registrar todos que chegam dali – disse Johansson ao justificar a medida. Há meses, a Polônia vem reclamando formalmente de Belarus sobre a "facilitação" da passagem de milhares de migrantes pela fronteira entre as duas nações. Recentemente, o ministro do Interior polonês, Mariusz Kaminski, denunciou que encontrou materiais ligados ao extremismo islâmico com algumas das pessoas que haviam atravessado a fronteira vindas de Belarus.