Domingo, 19 de Dezembro de 2021 às 11:40, por: CdB
O "supertufão" interrompeu comunicações e a eletricidade em diversas áreas, arrancou telhados e derrubou postes de energia elétrica. As autoridades tentam agora distribuir comida e água às ilhas devastadas.
Por Redação, com Ansa - de Macau
Um número perto de 100 mortos nas Filipinas marca a tragédia provocada pela passagem do tufão mais forte a atingir o país este ano, segundo dados oficiais divulgados neste domingo. O fenômeno, que nas últimas horas atravessou as regiões sul e centro do território filipino, também fez mais de 300 mil cidadãos fugirem de suas casas e resorts à beira-mar.
O "supertufão" interrompeu comunicações e a eletricidade em diversas áreas, arrancou telhados e derrubou postes de energia elétrica. As autoridades tentam agora distribuir comida e água às ilhas devastadas.
O governador da ilha turística de Bohol (centro), Arthur Yap, anunciou, na sua página no Facebook, que 63 pessoas morreram na sua província enquanto nas ilhas Dinagat há registro de 10 mortes. O número de vítimas pode aumentar à medida que as equipas de resgate chegarem às áreas afetadas pelo tufão.
Aquecimento global
"As comunicações continuam cortadas. Apenas 21 de 48 municípios entraram em contato conosco", escreveu Yap. Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de Macau alertaram já que o Rai vai entrar "na zona de alerta de 800 quilômetros de Macau na segunda-feira", prevendo que a tempestade enfraqueça gradualmente, apesar de ainda existirem "grandes incertezas quando à sua intensidade".
O tufão é registrado particularmente tarde para a habitual época em que a maioria das tempestades tropicais se formam no oceano Pacífico, entre julho e outubro. Há muito tempo, a comunidade científica tem alertado para a crescente intensidade destes fenômenos, relacionada com o aumento do aquecimento global. O tufão Rai foi a 15ª e uma das mais mortais tempestades tropicais a atingir as Filipinas neste ano.