Rio de Janeiro, 08 de Dezembro de 2025

Estudo aponta que aquecimento global matou milhões em uma década

Estudo revela que o aquecimento global resultou em milhões de mortes evitáveis entre 2012 e 2021, destacando a urgência de ações climáticas eficazes.

Quarta, 29 de Outubro de 2025 às 15:03, por: CdB

Pela primeira vez, o estudo forneceu uma estimativa precisa sobre a mortalidade ligada a fenômenos climáticos, como fortes ondas de calor, longos períodos de seca e poluição atmosférica.

Por Redação, com ANSA – de Londres

O mais recente relatório anual Countdown da revista médica Lancet aponta um agravamento na saúde populacional devido aos efeitos do aquecimento global e às falhas nas políticas públicas, levando a milhões de mortes “evitáveis” em quase uma década.

Estudo aponta que aquecimento global matou milhões em uma década | Mongólia é um dos países mais afetados pelas mudanças climáticas
Mongólia é um dos países mais afetados pelas mudanças climáticas

“As mudanças climáticas ameaçam a saúde a um nível sem precedentes”, reforçou o estudo divulgado nesta quarta-feira, que contou com a participação de centenas de pesquisadores internacionais coordenados pelo University College London, em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Pela primeira vez, o estudo forneceu uma estimativa precisa sobre a mortalidade ligada a fenômenos climáticos, como fortes ondas de calor, longos períodos de seca e poluição atmosférica.

De acordo com os autores, entre 2012 e 2021, a média de óbitos no mundo ligada ao calor foi de 546 mil por ano, o que revela um aumento significativo em comparação com a década de 1990.

Ao mesmo tempo, os incêndios florestais mataram ao menos 154 mil pessoas no planeta em 2024.

Mudanças climáticas

Segundo a pesquisa, as oportunidades para uma transição climática “justa” ainda existem, mas permanecem “em grande parte inexploradas”.

“Reverter políticas prejudiciais e avançar com ações significativas contra as mudanças climáticas é crucial agora para proteger a saúde e a sobrevivência das pessoas”, diz o relatório, que criticou duramente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar seu país de programas internacionais de ajuda e iniciativas climáticas.

O documento, publicado a poucos dias da COP30, que ocorrerá em Belém entre 10 e 21 de novembro, elenca numerosas consequências para o aquecimento global que são consideradas perigosas para a saúde: as ondas de calor são prejudiciais principalmente para idosos e recém-nascidos; já os longos períodos de seca afetam a produção de alimentos para muitas pessoas, enquanto a poluição atmosférica pode levar a doenças respiratórias.

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