O presidente Lula, em contato com a ministra, adiantou que somente deixará de adiar a decisão já tomada para após as eleições, caso o Brasil passe a enfrentar uma crise energética ainda mais grave, nas próximas semanas, mas este cenário não está previsto por consultores do governo.
Por Redação – de Brasília
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve adiar para depois das eleições municipais — em outubro — a volta do Horário de Verão. A medida adianta os relógios em uma hora com o objetivo de economizar energia elétrica. O pedido da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, que manifestou a integrantes do governo federal preocupação com a operacionalização das eleições, foi prontamente aprovado pelo Palácio do Planalto, conforme apurou a reportagem do Correio do Brasil.
O presidente Lula, em contato com a ministra, adiantou que somente deixará de adiar a decisão já tomada para após as eleições, caso o Brasil passe a enfrentar uma crise energética ainda mais grave, nas próximas semanas, mas este cenário não está previsto por consultores do governo.
Seca severa
No início desta semana, a presidente do TSE procurou os ministros José Múcio Monteiro (Defesa) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) para falar de sua preocupação com a notícia de que o governo Lula avaliava iniciar o Horário de Verão, nos próximos dias, devido à seca severa enfrentada por todos os Estados brasileiros.
Segundo a ministra, tal medida afetaria a operacionalização das eleições municipais. Segundo explicou, as urnas já estão programadas e lacradas em suas respectivas regiões e que haveria ainda um problema maior nos Estados com fusos horários diferente da hora oficial de Brasília. Em alguns Estados, mesários precisariam chegar às 3h da madrugada para iniciar os preparativos.
A ponderação de Cármen Lúcia foi levada ao presidente pela Casa Civil.